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terça-feira, 4 de setembro de 2012

CEARÁ - 178 CIDADES DECRETAM ESTADO DE EMERGÊNCIA.

Foto Ilustrativa.
O meteorologista Namir Mello afirma que a situação vai se agravar porque choveu pouco no primeiro semestre do ano e a estação da seca vai até novembro.

O Semiárido cearense sofre com os efeitos da longa estiagem que afeta o estado. Há 75 dias sem chuva, a população enfrenta a mais rigorosa seca nos últimos 19 anos e a quinta pior da história, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Já declaram situação de emergência 178 cidades, quatro destas esperam analise do decreto pelo governo federal. As mais afetadas ficam nas regiões do Sertão Central, Inhamuns e Jaguaribana onde, segundo a Defesa Civil estadual, vivem cerca de 2,5 milhões pessoas.
O Exército está atendendo a 93 localidades com carros-pipa para suprir a falta de água potável. A Defesa Civil do estado por meio de um convênio de R$ 8,3 milhões firmado com o Ministério da Integração Nacional, até o dia 10, começou a atender 21 cidades por carro-pipa.

O meteorologista, Namir Mello, afirma que no primeiro semestre deste ano choveu 50% menos do que a média histórica para a época. Enquanto a média do período é 606,4 milímetros, este ano foram registrados apenas 299,2 milímetros. Fenômeno que, em um ano marcado pelo efeito La Niña, que normalmente torna as chuvas mais regulares no Semiárido nordestino, pode ter sido provocado pela indefinição nas temperaturas no Oceano Atlântico. Este efeito pode ter afetado a zona de convergência intertropical, principal sistema causador de chuvas no Ceará, segundo a Funceme.
Nessa terça-feira (4), o governo estadual e o Ministério do Desenvolvimento Social realizam uma cerimônia para marcar a instalação de mais uma cisterna de placa de cimento no Semiárido nordestino. Com a instalação do equipamento de armazenamento de água no Assentamento Estadual Serrote Feio, em Madalena, no Sertão Central cearense, chegará a 500 mil o número de cisternas de placas construídas no Semiárido nordestino, 60.820 delas só no Ceará. As cisternas de cimento custam a metade das de plástico e são mais duráveis.

Fonte: Ceará agora.com 

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