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quinta-feira, 16 de maio de 2013

RIO - CORPO SOME DE HOSPITAL E OUTRA FAMÍLIA ENTERRA IDOSA EM BELFORD ROXO.

Corpo some de hospital e outra família enterra idosa no Rio (Reprodução/TV Globo)
Foto: G1 RJ
Segundo prefeitura, Laudelina foi enterrada no lugar de outra mulher.
Direção de hospital em Belford Roxo foi afastada e sindicância será aberta.

Familiares de Laudelina dos Santos, de 83 anos, cujo corpo desapareceu do Hospital Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, esperam ir ao Cemitério de Inhaúma, em Del Castilho, nesta quinta-feira (16), para confirmar se o corpo da idosa foi enterrado no lugar outra mulher, Lucinéia Caetano.
“Estou na porta do hospital, esperando meus parentes e vamos agora para o Cemitério de Inhaúma, junto com policiais, com a autorização dos outros familiares para ver se o corpo é dela, porque a gente não sabe se é ou não. Queremos saber quem são as pessoas que autorizaram o enterro e se eles viram o corpo”, declarou Miriam Gomes da Rocha, sobrinha de Laudelina, por volta de 8h desta quinta.
Miriam, acompanhada de Helby Andrade, filha de Laudelina, estiveram, por volta de 11h, na 54º DP (Belford Roxo), na expectativa de conseguir a autorização para a exumação do corpo de Lucinéia para a troca, e posterior velório de Laudelina. Contudo, por volta de 11h30, a autorização ainda não havia sido entregue aos familiares da idosa.
No início da madrugada desta quinta-feira, a Prefeitura de Belford Roxo confirmou que o corpo da idosa foi enterrado no lugar de Lucinéia Caetano, no cemitério de Inhaúma. Ainda segundo a prefeitura, o corpo de Lucinéia se encontrava, em torno deste horário, no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu, também na Baixada.
Corpo desaparecido
Laudelina dos Santos faleceu por volta de 6h desta quarta-feira (15), de complicações cardíacas. Contudo, quando a família de Laudelina dos Santos foi buscar o corpo na unidade para encaminhar para o velório, ele havia sumido. O caso foi registrado na 54ª DP (Belford Roxo).
“Ela começou a passar mal e meu irmão mais velho e eu trouxemos ela para o hospital. Ela teve um infarto, fomos ao cartório para resolver o sepultamento, depois de tudo resolvido, vim com meu irmão para reconhecer o corpo e ele não estava aqui. Fomos ao IML e ninguém levou para lá”, descreveu Miriam.
Ainda segundo a sobrinha de Laudelina, eles foram informados no hospital que o corpo poderia ter sido trocado pelo de outra pessoa.
“Eles não têm informação, até o momento, só hipótese. Disseram isso porque a entrada no papel consta o mesmo horário, mesmo hospital, mas a gente não sabe se é ou não, porque não retiramos nada. A gente não vê familiares acompanhando”, completou.
Ao Bom Dia Rio, a filha da vítima, Helby Andrade, desabafou. "Não entra na minha cabeça. Por que aquele caixão não foi aberto? Por que ninguém velou aquele corpo? Por que ninguém viu que aquele corpo não era da família? Esse é o meu questionamento".
Investigação
Segundo o delegado titular da 54º DP, Felipe Lobato Curi, que investiga o caso, a polícia forneceu à procuradoria, na manhã desta quinta-feira, toda a documentação de Laudelina dos Santos, para que o juiz dê a autorização da exumação do corpo de Lucinéia Caetano e a troca seja efetuada. De acordo com o delegado, a exumação deve acontecer nesta quinta ou sexta-feira (17).
"Acredito que a autorização seja dada hoje (quinta) ainda, até o final do dia. Ainda não ouvimos os familiares da Lucinéia, mas já temos a informação que o familiar que reclamou a ausência dela não quis fazer o reconhecimento do corpo e o enterro foi em caixão fechado. O hospital está colaborando e vamos ouvir este familiar para saber o motivo disso", declarou Felipe Curi.
Ainda de acordo com o delegado, Lucinéia Caetano faleceu no dia 11 de maio, contudo, somente no dia 15 foi informado o seu desaparecimento. "Enquanto os familiares de Laudelina foram ao cartório para dar entrada na certidão de óbito da Laudelina , os familiares da Lucinéia chegaram ao hospital reclamando a ausência dela", contou o delegado.
Lobato Curi informou também que um inquérito foi instaurado, contudo, em princípio não há responsabilidade criminal. "Foi um erro do hospital, eles não podem liberar o corpo sem o reconhecimento. Mas o crime de subtração de cadáver é doloso e entendemos que neste caso não houve dolo. Foi um erro, o hospital reconheceu o erro e todo o apoio aos familiares está sendo dado para que seja corrigido este erro. Muito provavelmente o processo vai correr na justiça civil", acrescentou Curi.
Pedido e exumação
Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (15), a Prefeitura de Belford Roxo, através da Secretaria Municipal de Saúde, determinou o afastamento da direção do hospital municipal Jorge Júlio Costa Santos, e a abertura de uma sindicância para apurar os culpados, que serão punidos.
A prefeitura informou ainda que o procurador-geral do município, Alexandre Bissoli, daria entrada, na manhã desta quinta-feira, no pedido de exumação para confirmar a troca e liberar o corpo para a família realizar o enterro.

Fonte: G1 RJ

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