Foto Ilustrativa. |
O senador, que é relator da Medida Provisório (MP) 538/12, se comprometeu ontem (5), juntamente com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) – numa assembleia de profissionais da área da saúde, realizada no auditório Nereu Ramos, que vai tentar corrigir erros da referida medida, com vistas a evitar que as categorias tenham perdas salariais.
Na oportunidade, Braga marcou uma audiência para hoje, às 8h30, na Liderança do Governo, com uma comissão da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (CONAC), para tratar do assunto.
Do encontro participariam, também, os deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) – presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias, e o Domingos Dutra (PT-MA), que foi o relator do Projeto de Lei (PL) 7495/06, estabelecendo um piso salarial nacional dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. O seu Substitutivo foi aprovado no final de outubro do ano passado pela Comissão Especial da Câmara que debateu o tema.
Em cima da hora, Eduardo Braga ligou para o seu gabinete desmarcando a audiência, alegando agenda externa.
“Eu desmarquei um voo que tinha para hoje, de um compromisso da Comissão de Agricultura da Câmara que eu presido, para estar nesta audiência que o senador mesmo marcou com parlamentares e lideranças dos agentes de saúde, para o seu gabinete, e ele liga dizendo que não vai comparecer ao Senado hoje. Isso é demais”, desabou Raimundo Matos,
O deputado Domingos Dutra (PT-MA), que estava a caminho da reunião, também revelou indignação com o cancelamento do encontro.
"Lamento não ter ocorrido a reunião entre lideranças da Confederação dos Agentes de Saúde e Endemias com o senador Eduardo Braga, líder do governo no Senado e relator da MP 568/12. É hora do governo da presidente Dilma dar um tratamento respeitoso aos agentes comunitários de saúde (ACS) e aos agentes comunitários de endemias (ACE) pelo enorme contribuição que essas categorias dão a saúde pública brasileira", declarou o parlamentar maranhense.
O deputado Raimundo avisou que vai tentar na próxima reunião da Comissão Mista que analisa a MP 538/12 obstruir os trabalhos “afim de que ele (Eduardo Braga) assuma compromisso de ver, separadamente, a situação dos profissionais de saúde que estão sendo prejudicados com essa medida provisória”.
Matos garantiu vai mobilizar os parlamentares e as categorias para na próxima semana fazermos uma grande manifestação nesta Casa. “Muitos profissionais pedem pela rejeição da MP, porque ela infringe direitos adquiridos por várias categorias”.
A MP 568/12 aumenta os salários de 937 mil servidores federais a partir de 1º de julho. A polêmica da carga horária envolve principalmente médicos e veterinários, que alegam que terão prejuízos nos adicionais de insalubridade e periculosidade. Professores das universidades federais, em greve, também não estão satisfeitos com a proposta. A matéria passa a trancar a pauta do plenário da Casa onde estiver a partir de 28 de junho.
(Por Gil Maranhão, para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)
Fonte: Política Real.
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