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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

CEARÁ - MORTALIDADE MATERNA REGISTRA 56 ÓBITOS EM 2013.

Foto: Ivan Baldivieso/Jangadeiro
O Brasil estimou a redução da Mortalidade Materna para 35 óbitos por 100.000 nascidos vivos até o ano de 2015, mas a Sesa já afirmou que o estado não irá atingir a meta.
A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) confirmou 56 óbitos por mortalidade materna em 2013 – até 20 agosto. As mortes aconteceram em 39 municípios do Estado. As cidades com maior número de mortes maternas, neste ano de 2013, em ordem decrescente foram: Fortaleza (9), Caucaia (3), Quixadá (3), Ipueiras (2), Itapagé (2), Maranguape (2) e Crato (2).
No Ceará, o Sistema de Vigilância Epidemiológica das mortes de mulheres em idade fértil (10-49 anos) é um evento de notificação compulsória desde 1998. Desde então planos de ações vem sendo desenvolvidos ao longo dos anos, por meio de um trabalho integrado entre o Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância à Saúde/SVS, Nível Central da SESA, Regionais de Saúde, municípios, equipes técnicas multidisciplinares e interinstitucionais.

No período de 1998 a 2012, foram confirmadas 1.775 mortes maternas por causas obstétricas diretas, indiretas, não obstétricas, não especificadas e tardias, sendo 1.622 por causas obstétricas diretas ou indiretas, com uma média da razão da mortalidade materna, no período, de 78,9 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos, índice considerado alto segundo parâmetros da OMS.
Média de mortes no Ceará
Nos 15 anos de estudo, verifica-se que morrem anualmente no Estado 108 mulheres no ciclo gravídico-puerperal por causas obstétricas, com uma média de 9 mortes por mês. É importante ressaltar que estão excluídas desta análise as mortes maternas por causas externas, que no Ceará, seguindo os padrões dos estados brasileiros, vem aumentando ano a ano, principalmente quando se referem às intoxicações, como o crack e outras drogas.
A tendência epidemiológica do Estado acompanha os padrões do Brasil e dos países em desenvolvimento. No entanto sua trajetória de mobilização continuada para redução deste evento tem sido tratada pelo governo como uma questão de alta prioridade. O Brasil estimou a redução da Mortalidade Materna para 35 óbitos por 100.000 nascidos vivos até o ano de 2015, mas a Sesa já afirmou que o estado não irá atingir a meta.
Causas das mortes
No período de 2005 a 2009 foram confirmados 561 óbitos maternos durante o ciclo gravídico puerperal, considerando-se as causas obstétricas, não obstétricas e tardias. Deste total 304 (54,2%) foram por causas obstétricas diretas, 163 (29,1%) por causas obstétricas indiretas, 36 (7,3%) por causas não especificadas e 41 (7,3%) por causas não obstétricas. Os 17 (3,0%) óbitos tardios foram distribuídos em causas diretas (4), indiretas (13). O elevado número de causas não especificadas no período deve-se à falta de informações nos prontuários médicos e na deficiência da investigação epidemiológica.
No período de 2010 a 2012 foram confirmadas 359 mortes no período gravídico puerperal, considerando as causas obstétricas, não obstétricas, tardias e causas não especificadas. Desse total 189 (52,6%) foram por causas obstétricas diretas, 105 (29,2%) por causas obstétricas indiretas. Os 17 óbitos tardios foram todos por causas obstétricas indiretas. Reduziu o número de mortes por causas não especificadas 10 (2,8%). Fato observado na melhoria da notificação e investigação dos óbitos.
Mortes por faixa etária
O maior risco materno está na faixa etária de 45 a 49 anos (618,2 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos). Depois, em ordem decrescente, a faixa etária de 40 a 44 anos (265,9 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos), 35 a 39 anos (168,8 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos) e de 10 a 14 anos (93,9 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos).
Com informações da Sesa.

Fonte: Tribuna do Ceará (Jangadeiro).

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