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terça-feira, 22 de setembro de 2015

JOÃO PESSOA - BEBÊ ACHADO NO LIXO AINDA TINHA CORDÃO UMBILICAL E PLACENTA, DIZ POLÍCIA

Foto:  Walter Paparazzo/G1
Exames para saber se recém-nascido morreu no tambor em João Pessoa.
Duas jovens foram vistas chorando antes de bebê ser achado.
O bebê achado morto dentro de um tambor de lixo na manhã desta segunda-feira (21) em João Pessoa ainda estava com cordão umbilical e placenta, segundo informações da Polícia Civil. De acordo com o delegado de Crimes Contra a Pessoa da capital paraibana, Reinaldo Nóbrega, a primeira perícia feita no local indica que a criança encontrada morta não apresentava marcas de violência.
O bebê, do sexo feminino, foi encontrado morto dentro de um tambor de lixo no início da manhã desta segunda-feira na Rua José Marquês de Souza, no bairro do José Américo, por um agente de limpeza urbana que buscava material reciclável.
O agente pediu ajuda aos clientes de uma padaria, que acionaram o Samu e a Polícia Militar. A equipe do Samu chegou a fazer os procedimentos de emergência, mas a criança já estava morta.
“Estamos aguardando o resultado pericial para determinar quando ocorreu a morte do bebê. Se foi antes do parto, durante o parto ou após o parto. O indício é de que ele tenha morrido pouco antes de ter sido encontrado no lixo”, comentou. O bebê foi achado perto de uma padaria e, segundo o delegado responsável pelo caso, um funcionário do estabelecimento relatou ter visto duas jovens na esquina da rua onde a criança foi deixada.
Reinaldo Nóbrega ressaltou que o testemunho do funcionário da padaria é um indício forte da linha de investigação. “Essa testemunha avistou duas jovens por cima do muro da padaria. Ele contou que uma delas chorava. Estamos em busca de imagens de câmera de segurança dos estabelecimentos próximos. A padaria não possui câmeras. Por isso contamos com o ajuda da população por meio do disque-denúncia 197. O anonimato é garantido”, completou o delegado.
O resultado da necrópsia feita no bebê deve apontar também o crime em que o suspeito vai ser enquadrado. O delegado de Crimes Contra a Pessoa detalhou que são três possibilidades: aborto, com pena máxima de três anos; infanticídio, com pena máxima de seis anos; ou homicídio, com pena máxima de 30 anos.
Nóbrega explica que os exames externos apontam para uma situação onde não houve violência. "Precisamos saber se a criança foi colocada morta no tambor, ou se morreu asfixiada pelo plástico em que foi enrolada”, disse.
 Atendimento do Samu
O Samu foi chamado e chegou a realizar um atendimento de emergência, mas o médico do Samu, Paulo Marques, que realizou os primeiros socorros ao bebê, contou que a criança não apresentava sinais de vida. “A criancinha já estava em óbito, enrolada em vários sacos plásticos. É um crime que causa uma comoção social”, completou.
Chocado com a cena, o motorista da ambulância do Samu que atendeu ao chamado, identificado apenas como Maviael, se emocionou. “Em cinco anos de trabalhos, atendendo todo tipo de ocorrência, essa foi a cena mais chocante. Isso me emocionou muito, até porque tenho uma criança de três meses em casa. Isso não é coisa de um ser humano”, comentou.

Fonte: G1 PB

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