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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

APAGÃO - QUEIMADA FOI EM FAZENDA QUE VIROU SÍMBOLO DO BIODIESEL, MAS FRACASSOU.

Foto: Jefferson Coppola - 2.ago.05/Folhapress
A fazenda no semiárido do Piauí onde começou a queimada que desencadeou o apagão de ontem no Nordeste do país é uma área-símbolo do fracasso do projeto de "biodiesel social" das gestões do PT no Planalto.
Segundo o Ministério das Minas e Energia, a causa do apagão foi um incêndio na fazenda Santa Clara, no município de Canto do Buriti (393 km de Teresina).
Trata-se da área de 17 mil hectares (ou 110 parques Ibirapuera, em SP) que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva propagandeou em 2005 como modelo do futuro dos biocombustíveis.
Na ocasião, animado com a perspectiva de produção de biodiesel de mamona, Lula até chorou ao discursar para agricultores familiares da fazenda, cedida pelo governo do hoje senador Wellington Dias (PT) à Brasil Ecodiesel, responsável pelo projeto.
Lula falou em uma "outra Petrobras" e citou promessas para a região até hoje não concluídas, como a ferrovia Transnordestina, a refinaria Abreu e Lima e a transposição do rio São Francisco.

"A gente pensava em plantar qualquer coisa, menos mamona. Agora, a gente está percebendo que a mamona pode ser uma das possibilidades para o povo pobre deste país melhorar de vida", disse Lula na ocasião.
A empresa instalou 630 famílias na fazenda, em 19 células de produção. A cada uma foi cedido uma casa e um lote, com 7,5 hectares para plantio de mamona.
A iniciativa naufragou nos anos seguintes na esteira da queda na produção de mamona e protestos de colonos. Endividada, a empresa parou de investir na mamona e liberou os agricultores em 2009 para plantarem apenas feijão. Em 2006, a usina de biodiesel da empresa usava 97% de óleo de soja e só 2% de mamona.
A firma, hoje Vanguarda Agro, não investe mais em biodiesel. Houve tentativa, sem sucesso, do governo do Piauí de repassar a área à União para reforma agrária.
Procurada, a Vanguarda Agro disse desconhecer as causas do incêndio. Afirmou que a área onde houve a queimada "está sob propriedade e responsabilidade" da companhia mantenedora das redes de transmissão e não integra o núcleo de produção da fazenda Santa Clara.
Segundo o prefeito de Canto do Buriti, Marcos Chaves (DEM), o local hoje abriga cerca de 300 famílias de assentados, que plantam milho e feijão. Três linhas de transmissão de energia passam dentro do local.
Mais de 400 ações de ex-trabalhadores da Santa Clara foram ajuizadas contra a antiga Brasil Ecodiesel.
Colaborou YALA SENA, de Teresina

Fonte: www1.folha.uol.com.br, via Diassis Lira

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