Felicidade.

Feliz é o homem que teme ao Senhor.



Publicação:

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

SERTÃO CENTRAL - PRESERVAÇÃO DO CEDRO É INCERTA

Foto: José Avelino Neto/DN
Quixadá - A questão em torno da preservação do patrimônio do Açude Cedro, construído neste Município da região Central cearense, será mais uma vez discutida, agora com políticos, em uma audiência da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), no próximo dia 5 de outubro.
A iniciativa é do Instituto de Convivência com o Semiárido, com sede em Quixadá, que alega omissão, por parte do Município e de órgãos estaduais e federais, frente ao estado de abandono e descaso com o lugar.
Sendo o primeiro açude construído no Ceará, o Cedro tem mais de cem anos e há quase 40 foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Mas a realidade do lugar é bem diferente do que deveria ser.
Ocupação
"O açude e toda a área do seu entorno estariam sendo tomados por posseiros de terra, empresários e moradores que promovem um loteamento ilegal naquela área". Essa afirmação é do presidente do Instituto, Osvaldo Andrade. "Essa área, que deveria ser tão bem cuidada e preservada, está tão degradada e abandonada pelos responsáveis e poderes constituídos", completa Osvaldo.
Entre as questões que serão abordadas na reunião está o descumprimento das regras de um acordo, firmado há 14 anos, em que o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) repassava a responsabilidade da preservação da área à Prefeitura de Quixadá.
No entanto, segundo as informações do presidente do Instituto de Convivência com o Semiárido, a atual situação do lugar "demonstra que as regras do acordo não estavam sendo cumpridas até o momento".
No fim de agosto, o Instituto promoveu uma audiência pública nos casarões do Cedro. Órgãos federais, nacionais e municipais foram notificados mas, de acordo com o estudante de direito João Batista Rodrigues, que milita em defesa do reservatório quixadaense, apenas representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Dnocs se fizeram presente.
"O que nós buscamos saber é como vai ficar a gestão do patrimônio e de toda a área porque dividir competências é muito complicado, porque temos muitas divisões e todas são omissas. O Cedro não pode sair prejudicado nessa história", conclui.
Meses antes, em um relatório que enviaram à Comarca de Quixadá, os responsáveis pela audiência afirmaram que "o local vem sendo devastado pela especulação imobiliária e os recursos naturais estão sendo usurpados pela ação de um grupo que se beneficia do espaço público".
Nova reunião
Osvaldo explica que, para a audiência na AL-CE, além do Dnocs, do Iphan e da UFC, outros órgãos, como Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) e Secretaria de Meio Ambiente (Sema) devem ser chamados a participar. A Prefeitura de Quixadá, ainda de acordo com Osvaldo Andrade, também deve enviar representantes.
O encontro estava marcado para amanhã, mas foi adiado para o próximo dia 5 de outubro. Mesmo com a mudança da data, há uma grande expectativa de que representantes dos órgãos convocados, participem e que se dê alguma solução para a preservação daquele espaço público considerado o cartão-postal de Quixadá.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/preservacao-do-cedro-e-incerta-1.1620092

Fonte: Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário