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terça-feira, 20 de outubro de 2015

IRAUÇUBA - MAIS DE 100 MICROABALOS CAPTADOS

Foto: Divulgação/DN
Irauçuba - Do início deste ano ao fim do mês de setembro foram sentidos no Ceará dez tremores de terra. O Estado consta na lista dos maiores registros do País, com magnitude de 5.3 graus na Escala Richter. O epicentro foi no município de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em 1980.
Em Irauçuba, no norte do Estado, a população sentiu um dos tremores de maior magnitude registrados até hoje no Nordeste, que atingiu 4,9 na escala Richter, há 24 anos. Na semana passada, houve um de 3,3 graus. As atividades deste ano, no entanto, ocorrem em uma nova área, localizada cerca de 15Km a norte do local onde foi registrado o abalo em 1991.

Por conta desses eventos, o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), que monitora os abalos na região, enviou um técnico ao município, a 154Km de Fortaleza, para investigar as atividades sísmicas no local. Desde o início de setembro, a cidade vem apresentando constantes tremores de terra, o que tem chamado atenção dos pesquisadores.
Uma equipe de técnicos do LabSis e da Comissão Estadual de Defesa Civil (Cedec) já havia estado em Irauçuba para instalar uma rede provisória de sete estações sismológicas, no fim de setembro, além de realizar uma série de palestras e orientar os moradores com distribuição de cartilhas com medidas preventivas sobre os abalos. No Nordeste, o Ceará e o Rio Grande do Norte são áreas consideradas endêmicas quanto a tremores.
O técnico em sismologia Eduardo Alexandre de Menezes continua no Município colhendo informações sobre as atividades e conversando com a população a respeito dos tremores das últimas semanas. Desde o dia 10 de setembro o LabSis registrou, pelo menos, 160 desses eventos na região.
Os primeiros desta série em Irauçuba foram registrados pela estação sismográfica do LabSis que fica no município de Morrinhos, a 127Km da cidade. Os primeiros dados colhidos, segundo o técnico, mostram que os abalos ocorrem a uma profundidade de 8,5Km. Além de rachaduras nas paredes de algumas residências, não houve registro de danos maiores.
As estações sismológicas de Irauçuba devem permanecer na região ainda por seis meses. De acordo com Eduardo Menezes, "a universidade se instalou aqui na região para a coleta de dados por um técnico, com maior detalhamento, já que o sistema de monitoramento, por ser temporário, não exige a colocação de link com transmissão direta ao Laboratório Sismológico. Essas informações são registradas continuamente".
Monitoramento
Apesar do número de 160 registros sísmicos ocorridos em um mês parecer alto, o técnico alerta que esses níveis não ultrapassam 1 grau, sendo 80% captados pelos instrumentos e os outros 20% percebidos muito pouco pela população. "Os tremores na ordem de 3, 3,5 e 4, (na escala Richter) não são difíceis de acontecer, pois é uma região que já teve uma ocorrência. Isso requer um monitoramento mais presente para vermos o movimento dessa atividade, se ela pode crescer ou não, e para passarmos as informações à população. No momento, os que temos tido aqui são considerados micro abalos".

Fonte: Diário do Nordeste

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