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sábado, 27 de junho de 2015

CE - ZIKA VÍRUS DISSEMINAÇÃO É VISTA COMO EPIDEMIA

Foto Ilustrativa
Apesar da incidência, a febre classifica-se como uma doença de baixa gravidade, afirma infectologista do HSJ.
Após a presença da febre por zika vírus no Ceará ser confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) afirmou, ontem, que, do ponto de vista clínico, a disseminação da doença em Fortaleza pode ser considerada uma epidemia. Segundo a entidade, embora o órgão tenha diagnosticado apenas dez casos da infecção, a excessiva quantidade de pessoas atendidas com o mesmo quadro de sintomas nos últimos meses na Capital indica que a doença atingiu proporções significativas.

Para o médico Érico Arruda, presidente da SBI e infectologista do Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), as ocorrências registradas pela Sesa até o momento, divulgadas na última quarta-feira (25) em nota técnica, são apenas uma constatação microbiológica da situação que vem se desenvolvendo no Estado desde abril, aproximadamente. "É evidente que estamos enfrentando uma epidemia em Fortaleza. Mandamos 55 amostras para análise e, das 14 que já foram examinadas, dez deram positivo. Além disso, desde a primeira suspeita, já atendemos milhares de pessoas na rede de saúde com esses sintomas e está claro que a maioria teve zika", diz.
Arruda destaca que, apesar da grande incidência, a febre por zika vírus classifica-se como uma doença de baixa gravidade, principalmente se comparada à dengue, transmitida pelo mesmo vetor (o mosquito Aedes aegypti) e de sintomas parecidos.
Investigação
Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, a Sesa informou que não há obrigatoriedade de notificação da doença e nem de investigação laboratorial de todos os casos. Um total de 55 amostras foi colhido para análise no Instituto Evandro Chagas, no Pará.
O presidente da SBI afirma que não há consenso sobre a necessidade de notificação, porém, em sua visão, um monitoramento mais aprofundado da febre seria aconselhável. "Não temos noção de como é essa doença. Seria bom conhecer melhor o número de casos, onde está ocorrendo e qual é a idade das pessoas atingidas, por exemplo".
Conforme o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia, o órgão tem ciência da existência de mais casos da febre no Estado. "Esses dez casos confirmados representam a certeza da presença do vírus. Antes, havia a dúvida e, hoje, não há mais", reitera.
Ele aponta que, devido à ausência de um histórico de dados sobre a doença, a Sesa prefere tratar a situação como um "problema importante de saúde pública". "Ainda não temos como comparar e dizer que o número é muito grande. Por isso, preferimos tratar assim, independentemente da quantidade de casos".
Garcia diz que a infecção é de evolução benigna. "Se houver quadro clínico compatível, devemos pensar em dengue, para garantir que o manejo clínico do paciente será o melhor".
Vanessa Madeira
Repórter.

Fonte: Diário do Nordeste

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