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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

RERIUTABA - CASAL DE MÉDICOS CUBANOS CONTA ROTINA APÓS SEIS MESES NO SERTÃO DO CE

Foto: Arquivo Pessoal/Jangadeiro
Apesar de estarem adaptados ao Ceará, logo que chegaram ao estado os profissionais foram agredidos verbalmente e chamados de 'escravos' por médicos brasileiros.
Se alguns profissionais estão com dificuldade de adaptação no Programa Mais Médicos (dois, inclusive, desistiram), um casal de cubanos já se sente em casa. Eles tiveram a sorte de desembarcar em Fortaleza juntos, em agosto de 2013, e ainda atender a população da mesma cidade, Reriutaba, a 309 quilômetros de Fortaleza.
Isidro Rosales Castro, de 49 anos, e Esperanza Anabel Dans Leon, de 48, deixaram Cuba com a vontade de transformar a realidade do município, através do amor pela medicina. Eles iniciaram os atendimentos em setembro do ano passado. Enquanto Isidro trabalha no posto de saúde na zona rural da cidade, Esperanza atende em unidade na área urbana.
Os cubanos trabalham de segunda a sexta-feira, oito horas por dia, e oferecem atenção a toda população, que o médico faz questão de chamar de “nossa”. Eles realizam visitas domiciliares a grupos prioritários, como idosos, acamados e incapacitados, de acordo com as demandas da população e dos agentes comunitários.

Nos momentos de descanso, o casal volta para a residência, que – segundo Isidro – tem todas as condições garantidas pela prefeitura e pela Secretaria de Saúde do Estado. “As atenções por parte das autoridades locais são ótimas. Somos cinco médicos do programa, todos cubanos, e temos condições excelentes de moradia e de trabalho”, conta.
O dia a dia dos cubanos é bastante parecido com a rotina que levavam no país de origem. Trabalham segundo o planejamento e aproveitam o fim de semana para assistir a programas de televisão e sair para passear. “Temos muitas amizades que visitamos e nos visitam, conhecemos bastante o Ceará e suas praias maravilhosas, fundamentalmente Camocim”.
Calor e comida
O calor do estado “golpeou forte” o casal, como brinca o médico. Eles tiveram de se adaptar. O calor humano da terra ajudou. “Aqui é maravilhoso, nos sentimos como se fôssemos cearenses de toda a vida”, diz Isidro.
“Escravos da saúde”
No entanto, a adaptação não foi de todo fácil. Logo que chegaram à capital, os médicos fizeram parte do grupo agredido verbalmente e chamado de “escravo” por profissionais cearenses, na Escola de Saúde Pública de Fortaleza. “Fomos do grupo que, com muita dor, sofreu agressão na escola, mas com muito amor demonstrado pelo povo e autoridades de governo e de saúde, apagamos rapidamente esse impacto negativo”, relata Isidro.
O acolhimento dos que realmente precisavam da presença do casal foi tão grande que prevaleceu o amor, acima da segregação. “Fomos escravos sim, porém escravos da saúde. Por ela, faremos qualquer sacrifício, e aqui estamos, trabalhando para este povo que já é nosso também”.
http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/ceara/casal-de-medicos-cubanos-conta-rotina-apos-seis-meses-em-cidade-do-sertao-do-ceara/

Fonte: Tribuna do Ceará (Jangadeiro)
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Fotos: Arquivo Pessoal/Tribuna do Ceará





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