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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

MICROCEFALIA - VÍRUS ZIKA LEVA MEDO AOS MUNICÍPIOS

Foto: Honório Barbosa/DN
Já são 79 bebês que nasceram neste ano com anormalidade. A principal suspeita da causa é o vírus zika.
Fortaleza - Com o número de casos de microcefalia saltando de oito registrados no ano passado para 79, em 2015, o surto tanto aumenta o pânico das mulheres grávidas, quanto tem posto à prova a incapacidade dos gestores públicos municipais em conter a doença. A preocupação aumenta com a falta de recursos para o custeio, com atraso de três meses, e inadimplência na transferência de verbas para a atenção à saúde primária e secundária. A tensão aumenta porque há sinais de que as prefeituras não podem pagar os fornecedores e agentes de combate às endemias no mês de dezembro.

Mediante o aumento da doença em todo o Estado, a orientação é prevenção e combate constante ao mosquito Aedes aegypti, que transmite, além da dengue, o vírus chikungunya, a febre do Nilo e o vírus zika, que é suspeito de estar relacionado aos casos de microcefalia.
O problema envolve quase todos os municípios brasileiros, fazendo com que, na segunda-feira passada, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) tenha chamado a atenção de que a situação é ainda mais grave no Nordeste. Segundo levantamento da entidade, apesar das dificuldades, alguns não têm recebido os recursos do governo federal. A consulta foi feita pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS).
O levantamento da Confederação revelou a ausência de quatro repasses em algumas cidades do Nordeste. São eles: o Piso da Atenção Básica (PAB) Fixo, a Vigilância em Saúde, os Agentes de Combate a Endemias (ACE) e o 13.º salário dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
Em Missão Velha, na região do Cariri, onde a microcefalia vem apresentando maior número de caos, a secretária de Saúde, Sarah Rachel Correia, confirmou que o município está sem receber verba para a áreas da Vigilância em Saúde e Agentes de Combate a Endemias, no entanto, negou que isso possa interferir nas ações de prevenção.
Preocupante
No Ceará, já são 30 os municípios que registram casos de microcefalia e a investigação agora é para ratificar ou não a relação com o mosquito Aedes aegypti, transmissor de sete enfermidades, dentre essas as causadas pelo vírus zika. O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) constata que, se a realidade preocupa no presente, desponta para o pior no futuro.
O presidente do Cosems, Josete Malheiros Tavares, diz que o nível de infestação do Aedes aegypti aumenta nas cidades no momento em que há registro de desabastecimento do larvicida utilizado para o combate ao vetor e com falta de pessoal para atuar no campo, inclusive para erradicar os focos. Ele explica que, por decreto do Ministério da Saúde, houve redução no número de agentes de combate às endemias baseado em supostas necessidades dos municípios.
A falta de recursos atrasou em três meses os salários dos servidores, o que aumenta o ônus das prefeituras, para os serviços essenciais de saúde não pararem totalmente, causando um colapso total na rede. Como observou a CNM, os recursos do PAB Fixo e da Vigilância em Saúde são repasses essenciais aos entes federados. Contudo, eles não chegaram às prefeituras. Sem o devido auxílio, os municípios ficam impossibilitados de desenvolver ações de combate ao Aedes aegypti. A proposta da CNM era avaliar se os repasses estão sendo efetuados nos Municípios onde os registros de microcefalia são cada vez mais constantes.
Ainda na segunda-feira passada, O Ministério da Saúde lançou o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, que orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, em todo o País. O planejamento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
A Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que não há interrupção no fornecimento dos larvicidas para o Ceará. No entanto, confirmou a preocupação com o aumento de casos. Por iniciativa do gabinete do governador do Estado, haverá uma concentração de gestores municipais e segmentos civis, no dia 21, para chamar a atenção do governo federal para a necessidade de mais recursos na Saúde.
Mais informações:
Sesa
Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema - Fortaleza
Telefone: (85) 3101-5123.

Fonte: Diário do Nordeste

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