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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

IPU - MÃE PERDE O BEBÊ E CARREGA FILHO MORTO EM SEU VENTRE DURANTE TRÊS DIAS E VAI PARAR EM UTI

Foto: Facebook/Ipu Notícias
Há quase nove meses de gestação, uma mãe viveu o drama de perder o bebê e ainda carregar um filho morto em seu ventre durante três dias e o mais grave, treze dias depois da retirada da criança, mãe vai parar em UTI em estado grave de saúde.
Todo o drama da professora Francisca Cleya de Oliveira da Cunha, 34 anos teve início após ter feito seu último pré natal no PSF do município, a médica que lhe acompanhava a encaminhou para o Hospital Municipal de Ipu (HMI), chegando lá foi atendida e pediu exames, segundo o marido na última Ultrassom a criança estava saudável e pesava 3,17 k/g. O esposo Messias do Carmo, 56 anos disse que a médica obstétrica do HMI havia lhe pedido um diagnóstico completo e aconselhou que esses exames fossem feitos em laboratório particular, no dia 31 de agosto marido e mulher procuraram um laboratório para fazer os exames, após obter o resultado a bioquímica logo percebeu que algo errado estava acontecendo com a paciente devido a constatação de uma possível infecção urinária e aconselhou o casal a procurar o pronto socorro imediatamente.
Segundo ainda relatos do esposo chegando no hospital o médico de plantão  atendeu a paciente e com os exames na mão verificou o estado de saúde da mãe e da criança lhe deu alta e a receitou com o medicamento cefalexina. Já em casa no dia seguinte  a mãe conta para o marido que sentiu no momento em que a criança deu sua última mexida dentro da barriga e depois não mais sentiu a criança foi aí que começou a desconfiar e decidiram ir ao Hospital Municipal.
Chegando ao Hospital Municipal de Ipu (HMI) no dia 03 de Setembro último. Uma ecografia revelou a morte da criança e a alegria da gravidez deu lugar ao choro e a noites mal dormidas. O marido de Cleya conta que no próprio Hospital, foi feita a retirada do corpo da criança morta, porém antes do procedimento o esposo ficou sem notícias da esposa e chegou a se irritar no hospital causando um tumultuo onde a direção chamou até a polícia para acalmá-lo. Mais calmo o esposo procurou o secretário de Saúde a fim de buscar informações sobre sua esposa se o procedimento da retirada do bebê já havia sido feito e o estado de saúde dela como estava. Na secretaria o mesmo foi informado que o secretário não se encontrava na cidade. Só depois de encontrar um vereador de situação que veio a seu socorro é que o auxiliar de serviços gerais teve a notícia que o procedimento foi iniciado e dias depois que o corpo da criança estava liberado para sepultamento, no dia seguinte a mulher recebeu alta, por outro médico de plantão que segundo ele nem sequer chegou a vê a paciente apenas com o prontuário lhe deu alta.
Contundo o que parecia aparentemente acabado, um fato começou aparecer e tomou proporções mais grave ainda, agora o risco de morte era da esposa. Messias relata que 13 dias depois de ter feito o procedimento de retirada do bebê morto dentro da barriga, sua esposa começou a passar mal e no dia 16 de setembro pela manhã deu entrada novamente no Hospital Municipal de Ipu (HMI) quando foi atendida por outro médico que estava de plantão que apenas lhe receitou aerosol e lhe deu alta. Em casa novamente Cleya voltou a sentir fortes dores no abdome e mais uma vez voltou ao HM e lá foi atendida por outra médica dessa vez uma médica que ao verificar o estado de saúde da paciente rapidamente lhe em caminhou para o Hospital Regional Norte em Sobral. Aí outro drama o casal viveu, o esposo disse que eles foram para Sobral em uma Ambulância sem condições nenhuma de transportar paciente. O marido conta que foi até o bairro Pereiros segurando a maca, pois havia risco da esposa cair para fora do veículo que segundo ele  a porta traseira não fechava - "Uma lata velha, caindo aos pedaços" disse. Foi então que o próprio motorista viu que não tinha condição nenhuma de levar a paciente naquela ambulância e ligou para o HM que enviou outro transporte, porém a outra ambulância enviada para socorrer a mulher também tinha problemas, o giroflex não funcionava e as luzes internas do compartimento não funcionava, o marido teve que clarear a esposa com o auxílio de um celular, quando tudo parecia seguir aparentemente normal, o marido conta que chegando à cidade de Cariré havia uma festa e muita gente e carros estavam impedindo a passagem do veículo depois de muito tempo perdido a ambulância seguiu caminho até chegar no Hospital Regional Norte em Sobral. Lá ela foi recebida pela equipe médica de plantão e imediatamente iniciou os procedimentos de entubá-la pois o estado de saúde era gravíssimo e segundo o esposo se ela tivesse chegado um minuto a mesmo a paciente não sobreviveria.
Messias disse que em Sobral depois de ser entubada e levada para a UTI sua esposa ainda foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, também para a uma UTI. Francisca Cleya teve de ser submetida a uma histerectomia, que consiste na retirada do útero. Com isso, ela não poderá mais ter filhos, pois de acordo com o médico devido a resto de parto deixado dentro dela apenas esse procedimento salvaria sua vida, pois uma infecção já havia se generalizado e até seu sangue estava comprometido.
Para o parto faltavam 10 dias para ocorrer e a criança se chamaria João Lucas. Manoel Messias se emociona em lembrar de todo o drama vivido e conta que a partir de agora juntará forças e iniciará uma briga na justiça contra todos que segundo ele foram responsáveis por tudo o que a família viveu principalmente os médicos do HM de Ipu. Ele disse que não irá fazer isso por indenização não e sim para que outras pessoas não venham a passar pelo o que ele passou.
Procurado pelo IN o secretário de Saúde do município Antônio Glaydson disse que só irá se pronunciar sobre o caso depois que estiver com o laudo dos exames e o SVO da criança. Sobre o marido entrar na justiça contra a Saúde Pública de Ipu o secretário ressaltou que se pronunciará quando for notificado sobre o caso.
O Ipu Notícias conversou por telefone com a enfermeira responsável pela paciente na manhã da última quarta-feira (25/09). Segundo a mulher, que não se identificou, Cleya estaria bem, e apresentava melhores, porém ainda permanece na Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
http://www.ipunoticias.net/2013/09/mae-perde-o-bebe-e-carrega-filho-morto.html

Fonte: Ipu Noticias

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