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sábado, 16 de abril de 2016

CEARÁ - TEMPERATURA ESTÁ 2 GRAUS ACIMA DA MÉDIA HISTÓRICA

Foto: Divulgação/DN
Funceme revela que as chances de quebras de recordes nos termômetros serão maiores a cada ano.
Mesmo acostumados com as altas temperaturas, o calor continua sendo reclamação constante dos cearenses. A sensação de "clima abafado" junto aos níveis ainda maiores de temperaturas que incomodam a população são confirmados quando verificados os dados históricos. Conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em março de 2016, o Ceará registrou 2 ºC acima da média histórica calculada nos últimos 30 anos.
Em Fortaleza, especificamente, a média é de 29,7 ºC, mas, conforme a Fundação, quando somadas e divididas todas as máximas de cada dia do último mês, o número chega a 31,7.
Em março, a capital cearense chegou ainda a alcançar 33,5 ºC no pico de um dia. Porém, muitos outros municípios do Estado foram responsáveis por registrar índices mais preocupantes.
A aproximadamente 380 km da Capital, Iguatu foi a localidade de maior temperatura registrada durante o mês de março. Segundo a Funceme, ainda no início do mês, o município ultrapassou os 40 ºC.
Ranking
Contudo, o calor se mostra ainda mais constante em outra localidade do Ceará. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) - responsável por divulgar diariamente as 10 localidades com maiores temperaturas - dos 31 dias de março de 2016 mês, por 10 vezes, uma cidade do Ceará esteve no topo do ranking de maior temperatura observada: o município de Jaguaribe liderou oito vezes, com destaque para o dia 7 de março deste ano, quando alcançou os 39,8 ºC.
Nas outras duas ocasiões, os municípios do Estado que se encontraram na primeira posição foram Iguatu e Jaguaretama. Já entre as dez maiores temperaturas dos municípios cearenses, por vezes, Fortaleza se encontrou entre a quinta e a décima colocação. Em outras datas, apesar de se manter acima dos 30ºC, a capital cearense, sequer, foi listada no ranking estadual.
Morando em Fortaleza há 23 anos, a fisioterapeuta Tayna Alcântara conta que, para ela, das 12h às 15h é o período de mais calor. A fim de evitar um desgaste ainda maior devido às altas temperaturas, ela revela adotar algumas precauções. "Nesses dias quentes, prefiro usar roupas leves e de cores claras, tento me hidratar bastante e sempre que possível recorro a um ambiente com ar condicionado, ventilador ou que seja bem arborizado. Muitas vezes tenho a sensação de ardência no rosto", acrescentou Tayna.
De acordo com informações do meteorologista da Funceme, David Ferran, a sensação térmica de calor do ser humano depende de diversos fatores. Nele, estão inclusas a temperatura e a ventilação do local. "Março costuma ser um menos chuvoso, mas com menos ventos. A sensação de calor acaba quando, eventualmente, chove. O aumento desses 2ºC se deve, resumidamente, ao El Niño, que faz com que várias áreas do Globo estejam mais quente do que o normal. Isso deve se repetir em abril", acrescentou David Ferran.
Já para o professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), doutor em Ciências Atmosféricas, Alexandre Costa, é redundante atribuir o problema ao El Niño. "Estamos em um processo de aquecimento global e isso é um aspecto dominante. Em Fortaleza, há ainda os fatores de urbanização que contribuem para uma sensação térmica mais elevada. A questão é que quando pegamos a média de uma década, vemos que desde 1950 até hoje, a década seguinte é mais quente. As chances de termos quebras de recordes de temperatura vão ser cada vez maiores a cada ano que passar", avaliou o especialista.
FIQUE POR DENTRO
Fenômeno El Niño interfere no aquecimento
Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico equatorial, próximo à costa da América do Sul, o fenômeno oceânico El Niño interfere no aquecimento. Essa condição, em muitos casos, contribui para a redução das chuvas no setor norte do Nordeste brasileiro, incluindo o Estado do Ceará. Outros dos efeitos trazidos junto ao fenômeno são os ventos que sopram com menos força na região central do Oceano Pacífico, o acúmulo de águas mais quentes do que o normal na costa oeste da América do Sul e a intensificação da seca no nordeste brasileiro.
Já o La Niña, que é oposto do El Niño, provoca um resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico equatorial, próximo à costa da América do Sul. Nele, os ventos alísios se intensificam e acabam causando um aumento no desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/temperatura-esta-2-graus-acima-da-media-historica-1.1532027

Fonte: Diário do Nordeste

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