CHORÓ - COMÉRCIO FANTASMA SEM BANCOS, LOJAS PODEM FECHAR AS PORTAS POR FALTA DE CLIENTES

Foto: Divulgação/DN

Choró - Pouco mais de 60 dias após o último ataque aos postos bancários da cidade, os comerciantes de Choró, no Sertão Central, deverão amargar o pior natal de todos os tempos. Sem agências para sacarem dinheiro os clientes estão sendo obrigados a seguirem para a cidade mais próxima, Quixadá. Apenas passam nas portas das lojas e mercadinhos, nos carros de horário e motocicletas. Como a queda no movimento, já superior a 60%, os lojistas temem que todo o comércio feche as suas portas.
Na madrugada de 26 para 27 de setembro o único caixa eletrônico do Banco do Brasil e o posto do Bradesco foram atacados e destruídos por bandidos.
Dois meses antes, no dia 14 de julho, a agência dos Correios também havia sido destruída. Apenas a casa lotérica da cidade continua funcionando, mas a movimentação financeira é muito reduzida, justamente para evitar mais roubos. Por conta da falta de segurança não há previsão para o retorno dos serviços dos bancos e dos Correios à cidade.
Para os comerciantes a violência é pior do que a seca. As famílias mais carentes continuam recebendo os benefícios do Bolsa Família. Como a maioria da população é de trabalhadores rurais, se pelo menos esses recursos fossem utilizados nas compras locais o impacto econômico seria menor. “Mas muita gente está é fugindo daqui mesmo. Os criminosos estão atacando até quem mora na zona rural. Seca, até que a gente aguenta, mas a violência não”, comentou um comerciante pedindo para não ter seu nome revelado.
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Fonte: Blog Diário Sertão Central/Diário do Nordeste