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terça-feira, 18 de agosto de 2015

FORTALEZA - DESABAMENTO MATA DUAS CRIANÇAS

Foto: Fernanda Siebra/DN
O menino coreano An Kany e sua irmã Hly Xin, 10, foram soterrados; outra criança e quatro adultos ficaram feridos.
Estrutura atingida- Os socorristas levaram duas horas para retirar todas as vítimas da loja de importados Summit. A mãe das crianças e três pedreiros que trabalhavam no local ficaram feridos. Dolado de fora, o pai dos irmãos chorava enquanto esperava o resgate. A estrutura deverá ser demolida.
O desabamento do teto da loja Summit, que vendia produtos importados, na Rua Major Facundo, no Centro, deixou duas crianças mortas, uma lesionada e quatro adultos feridos, na tarde de ontem. Uma obra estava sendo realizada no telhado do estabelecimento.

As crianças que faleceram eram irmãs e foram identificadas como o menino An Kany, 8, e sua irmã Hly Xin, 10, coreanos. A mãe e proprietária da loja, Pan Xiaoyan, e a sua terceira filha, Sofia Anning, sofreram escoriações leves. Médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizaram os procedimentos de salvamento e, devido ao estado grave, encaminharam os feridos ao Instituto Dr. José Frota (IJF).
Além deles, também estiveram entre os acidentados os três pedreiros que trabalhavam nas obras para consertar uma goteira no telhado. Como estavam na parte de cima do local, eles não ficaram soterrados.
Os homens do Corpo de Bombeiros trabalharam por mais de duas horas para retirar todas as vítimas. Enquanto isso, médicos e socorristas do Samu ficaram de prontidão do lado de fora para levar as pessoas diretamente ao IJF. Já os policiais militares trabalharam para que os curiosos não atrapalhassem os procedimentos e ficassem longe de um novo desabamento.
Devido à seriedade do estado em que estavam as crianças An Kany e Hly Xin, uma espécie de cordão de isolamento foi feito em frente às macas. Em poucos segundos, elas foram levadas para as ambulâncias.
A assessoria do IJF informou que cinco pessoas deram entrada no hospital, sendo dois adultos e três crianças. Os dois adultos tiveram lesões leves nos membros inferiores; uma das crianças teve alta e as outras duas morreram depois de serem atendidas.
Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros do Ceará, Carlos Viana, os trabalhados das equipes tiveram o objetivo de tirar a laje de cima das crianças e aliviar o peso das vigas, para que pudessem trabalhar na retirada dos soterrados com o máximo de segurança possível.
A estrutura despencou exatamente em cima dos irmãos, e isso deixou a situação ainda mais grave, disse o coronel. “Estavam realizando um trabalho no telhado, e essa movimentação em um prédio bastante antigo, podemos observar isso pelas cobertas, pode ter ocasionado o desabamento. Mas, só saberemos o que realmente aconteceu após a perícia”, frisou.
Os dois filhos da proprietária saíram dos escombros em estado bastante grave e desacordados, porque foram completamente soterrados, explicou Viana. “A laje despencou no corpo das crianças como um todo. É uma laje sobre um corpo humano, não tem o que dizer. Sendo uma criança, então, a situação é pior ainda”, detalhou.
Devido à gravidade do acidente, toda a estrutura do estabelecimento foi comprometida. Existe risco de outros desabamentos e, por isso, o local será completamente isolado, acrescentou o bombeiro.
O coordenador da Defesa Civil de Fortaleza, Cristiano Férrer, complementou dizendo que, devido ao perigo, a área será isolada em cerca de 200 metros. Veículos estarão proibidos de estacionar e trafegar do lado direito da via da Rua Major Facundo. “Acreditamos que a demolição da estrutura será necessária”, avaliou.
Além disso, o imóvel de número 670, que fica ao lado da loja Summit, deverá ser avaliado e isolado pelo órgão, já que também sofre riscos de desabamento devido ao sobrepeso causado pelo incidente de ontem.
O motivo exato ainda não é certo, mas o fato de a estrutura ser antiga e estar consideravelmente desgastada deve ter colaborado, conforme Férrer. “Somente a perícia poderá confirmar a causa do acidente”.
Curiosos
Além dos bombeiros, policiais militares, médicos e agentes da Defesa Civil, a Rua Major Facundo ficou lotada de curiosos. Tanto na frente como ao lado do estabelecimento comercial, pessoas lotaram as calçadas em busca de informações. A movimentação era tanta que foi necessário fazer um cordão de isolamento. A maioria aproveitou para filmar e fotografar os momentos mais importantes. A angústia era grande e, quando as vítimas foram resgatas, houve uma salva de palmas.
Thiago Rocha / Renato Bezerra
Repórteres.

Fonte: Diário do Nordeste

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