Foto: G1 RJ. |
MP-RJ alega que faltam laudos que comprovem segurança do estádio.
A Justiça
do Rio concedeu liminar, nesta quinta-feira (30), suspendendo o amistoso entre
Brasil e Inglaterra marcado para o próximo domingo (2), no estádio do Maracanã.
O pedido foi feito pelo Ministério Público estadual, que alega falta de
segurança para o público, e aceito pela juíza da 13ª Vara de Fazenda da
Capital, Adriana Costa dos Santos, que responde pelo plantão judiciário.
A partida
seria o último evento teste do Maracanã antes da Copa das Confederações, que
será realizada de 15 a 30 de junho.
Procurado
pelo G1, o Governo do Estado informou que já está recorrendo da decisão.
De acordo com a assessoria de imprensa do governador Sérgio Cabral,
informou por meio de nota, que todos os requisitos de segurança para o amistoso
Brasil e Inglaterra foram cumpridos e, por uma falha burocrática, o laudo da
Polícia Militar que comprova o cumprimento das regras de segurança no Maracanã
não havia sido entregue à Superintendência de Desportos do Rio de
Janeiro (Suderj). Ainda segundo a nota, o laudo será encaminhado com o
recurso do Estado ao plantão Judiciário.
Liminar
Na decisão, a juíza determina que sejam apresentados laudos que comprovem que o Maracanã está apto a receber torcedores sem que haja risco de segurança. "Afinal, a não concessão da liminar requerida se afiguraria bem mais gravosa do que seu deferimento, já que o jogo seria realizado sem se averiguar se há condições satisfatórias nos quesitos de segurança e higiene, podendo colocar em risco a segurança dos que lá estiverem", afirma a juíza Adriana Costa dos Santos.
Na decisão, a juíza determina que sejam apresentados laudos que comprovem que o Maracanã está apto a receber torcedores sem que haja risco de segurança. "Afinal, a não concessão da liminar requerida se afiguraria bem mais gravosa do que seu deferimento, já que o jogo seria realizado sem se averiguar se há condições satisfatórias nos quesitos de segurança e higiene, podendo colocar em risco a segurança dos que lá estiverem", afirma a juíza Adriana Costa dos Santos.
A Justiça
fixou ainda multa de R$ 1 milhão para cada jogo ou evento realizado
irregularmente, antes da liberação do Maracanã para receber torcedores.
Falta
de segurança
O MP-RJ entrou ação civil pública em face da Confederação Brasileira de Futebol, Comitê Organizador Brasileiro Ltda (COL) e José Maria Marin, presidente da CBF, pedindo a proibição da realização de jogos e eventos no estádio do Maracanã, inclusive o amistoso entre Brasil e Inglaterra, até que sejam apresentados, em sua integralidade, os laudos técnicos que comprovem que o estádio está em condições de sediar jogos e eventos. A Promotoria alega preocupação com a segurança dos torcedores.
O MP-RJ entrou ação civil pública em face da Confederação Brasileira de Futebol, Comitê Organizador Brasileiro Ltda (COL) e José Maria Marin, presidente da CBF, pedindo a proibição da realização de jogos e eventos no estádio do Maracanã, inclusive o amistoso entre Brasil e Inglaterra, até que sejam apresentados, em sua integralidade, os laudos técnicos que comprovem que o estádio está em condições de sediar jogos e eventos. A Promotoria alega preocupação com a segurança dos torcedores.
O
Ministério Público ainda informou, na petição inicial, que não foram entregues
os laudos de vistoria de engenharia, de prevenção e combate a incêndio,
condições sanitárias e de higiene, fundamentais para se atestar a segurança e
viabilidade do estádio para realização de eventos. A Promotoria ressaltou ainda
que, até o mês de abril de 2013, a vistoria realizada pela Policia Militar
indicava que o Maracanã não estava apto a receber público para eventos, em
virtude das inúmeras restrições. O MP-RJ alegou na ação que o jogo realizado no
dia 27 de abril (Amigos de Bebeto contra Amigos de Ronaldo) mostrou que havia
inúmeros problemas.
Maracanã
em obras
De acordo com o Ministério Público, o único laudo apresentado pela Polícia Militar de 29 de maio deste ano demonstra que o estádio ainda está em fase de construção, apresentando riscos, como materiais perigosos (pedras, pedaços de calçadas, restos de obras, hastes metálicas, outros), que poderiam ser utilizados em tumultos e confrontos de torcedores.
De acordo com o Ministério Público, o único laudo apresentado pela Polícia Militar de 29 de maio deste ano demonstra que o estádio ainda está em fase de construção, apresentando riscos, como materiais perigosos (pedras, pedaços de calçadas, restos de obras, hastes metálicas, outros), que poderiam ser utilizados em tumultos e confrontos de torcedores.
Segundo a
Promotoria, foi constatado também pisos soltos, mal fixados, além de não
existirem obstáculos para dificultar a invasão de torcedores da arquibancada
para o campo (alambrado, grades, fosso). Os promotores afirmam que o laudo da
PM aponta um muro de aproximadamente um metro de altura com o único obstáculo,
e que isso não impediria uma possível invasão no campo, sendo necessário
"forte emprego de efetivo no local".
Fonte:
G1.
Veja fotos:
Fotos: G1 RJ
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