Foto Ilustrativa. |
Governo do Estado afirma haver policiais infiltrados para provocar violência.
Às vésperas de evento que pede ações contra a violência em Fortaleza por parte dos poderes públicos, o Governo do Estado do Ceará reconhece, por meio de nota oficial, o crescimento de “alguns crimes”. “O Governo do Estado tem a consciência e a humildade de reconhecer que alguns crimes cresceram de forma intolerável, reproduzindo entre nós tendência que está ocorrendo em todas as grandes cidades brasileiras, na esteira do tráfico de drogas”, diz a nota
Ainda de acordo com a nota, os crimes que crescem de “foram intolerável” são assalto à mão armada nas regiões onde moram a população de maior renda e homicídios nos bairros periféricos. A nota foi emitida nesta segunda-feira (10), três dias antes da data marcada para a manifestação “Fortaleza Apavorada”. A nota cita o movimento e destaca ações do governo realizadas nos últimos anos para conter a violência.
O documento oficial do governo pede que "participantes do movimento evitem trazer crianças para a manifestação e não aceitem provocações de indivíduos infiltrados". Segundo o texto, há informações de milícias do "organismo policial" infiltrada na manifestação "com o intuito de provocar violência e gerar repressão que escandalize a opinião pública".
“Nos últimos seis anos, foram contratados por concurso público mais de seis mil policiais, entre civis e militares, o que significa, praticamente, que de cada 2 policiais existentes, um foi contratado pelo atual governo”, diz um trecho da nota.
"O salário inicial de um soldado da Polícia Militar do Ceará é superior a R$ 3.000,00, o que pode não ser muito, em termos absolutos, mas que para a realidade do Ceará é bastante significativo, tendo em vista sermos um dos Estados mais pobres da Federação", registra outro trecho.
O Fortaleza Apavorada vai realizar manifestação na quinta-feira (13), em frente ao Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará, com concentração às 13h30 e saída até a Praia de Iracema às 17h.
"O que nós queremos é uma ação imediata e abrangente para a contenção da violência, em Fortaleza. Se, em um mês, foi possível implementar um esquema de segurança para a Copa [das Confederações], por determinação da Fifa, por que isso não é possível o cidadão comum ter segurança?", questiona Eliana Braga, uma das idealizadoras do evento.
Fonte: G1 CE.
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