Foto: Arquivo da Familia/G1 RN |
Ela estava desaparecida desde 1º de abril; Três suspeitos estão presos.
A
comerciante Edilma Dantas de Souza, de 41 anos, morta durante um suposto ritual
de magia negra, em Natal, foi levada até o local do crime por um amigo. Quem
confirma é a cunhada da vítima, Leda Alves. "Era um amigo que fazia
pintura e outros serviços na casa dela. Ele a atraiu para a morte",
relata. O corpo de Edilma foi encontrado pela polícia nesta terça-feira (21),
enterrado no quintal de uma casa no loteamento Jardim Progresso, na zona Norte
da capital potiguar. Segundo a família, ela estava desaparecida desde o dia 1º
de abril, quando saiu do bairro Nordeste, zona Oeste de Natal, para ir ao
encontro do conhecido e não deu mais notícias. Três suspeitos foram presos.
Leda
contou ao G1 que ainda havia esperança de encontrar Edilma viva. A
comerciante trabalhava com um carrinho de churrascos. De acordo com a cunhada,
o que mais chocou a família foi a maneira como Edilma foi assassinada.
"O
pior foi o jeito como tudo aconteceu. Dói imaginar o quanto ela foi
torturada", lamenta. Antes de matar a vítima asfixiada, segundo o delegado
Ben-Hur Medeiros, os suspeitos do crime a embriagaram e amarraram e tiraram a
roupa dela. Depois, ainda jogaram sangue de bode no corpo dela.
A cunhada
da vítima disse também que família está arrasada com o crime. "Esperamos
que a justiça seja feita. Vemos tantas histórias por aí em que o caso é
esquecido e fica todo mundo solto". Leda acrescentou que o corpo de Edilma
ainda não foi liberado pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). Por
este motivo, o velório e o enterro da comerciante ainda não têm data para
acontecer.
Entenda o
caso
O delegado Ben-Hur de Medeiros, titular da Delegacia Especializada em Capturas (Decap) do Rio Grande do Norte, contou que a comerciante saiu da casa da mãe no dia 1º de abril. "Edilma saiu dizendo que iria se encontrar com um conhecido da família", confirmou.
O delegado Ben-Hur de Medeiros, titular da Delegacia Especializada em Capturas (Decap) do Rio Grande do Norte, contou que a comerciante saiu da casa da mãe no dia 1º de abril. "Edilma saiu dizendo que iria se encontrar com um conhecido da família", confirmou.
Em 3 de
abril, no entanto, o desaparecimento foi comunicado à delegacia, que deu início
às investigações. "O irmão dela comunicou que a vítima foi levada por um
conhecido até uma casa que funcionava como terreiro com o objetivo de fazer um
'trabalho' para aproximar uma pessoa dela", detalhou o delegado.
Ainda de
acordo com Ben-Hur, ao chegar a casa, os suspeitos deram bebida à vítima e a
amarraram em seguida. "Então tiraram a roupa de Edilma, mataram um bode e
jogaram o sangue do animal por cima do corpo dela. Depois a estrangularam até a
morte", afirmou.
O corpo de
Edilma foi enterrado no quintal da casa de um dos suspeitos. Após a informação
do desaparecimento, o suspeito conhecido de Edilma foi intimado e prestou pelo
menos quatro depoimentos na delegacia. "A partir de alguns detalhes
descobrimos a participação dele no ritual em que mataram Edilma", explicou
o delegado.
Um mandado
de prisão temporária foi expedido e o suspeito foi detido. Além de confessar o
crime, ele apontou a participação de outros dois homens. "O suspeito nos
informou que o 'bruxo' queria uma mulher solteira e sem filhos para realizar
o ritual. Edilma se encaixava no perfil", explica Ben-Hur Cirino. O
delegado pediu mais dois mandados de prisão temporária e de busca e apreensão.
Fonte:
G1 RN
Veja as fotos:
Fotos: Divulgação/Policia Civil do RN/G1 RN
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