Foto: Jangadeiro. |
A Controladoria
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública publicou demissões de
policiais militares que participaram do movimento grevista de 2011 no Diário
Oficial do Estado, na terça-feira (21) e nesta quarta-feira (22). Entre os
demitidos estão o presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares
do Estado do Ceará (ACSMCE), Pedro Queiroz, e o dirigente da associação, Flávio
Sabino.
Segundo o
documento, eles foram “julgados incapacitados de permanecer no serviço ativo da
Polícia Militar”, por causa de “participação ativa na reunião/assembleia e
inequívoca demonstração de liderança no movimento, caracterizando tais atos,
como contrários aos valores militares”. De acordo com Pedro Queiroz, ao todo são 44
policiais militares e 21 bombeiros envolvidos nos processos, que ocorrem
desde fevereiro desse ano.
O tenente
coronel Fernando Albano, relações públicas da Polícia Militar, disse não saber
das demissões. Além disso, afirmou não ter se pronunciado sobre o caso.
Segundo
Flávio Sabino, as demissões demonstram uma perseguição do governo do estado.
“Demitem, porque querem. É a política da opressão para causar um sentimento de
medo”, disse. Ele contou que, ao todo, são oito demissões. Além disso, ele
ressaltou que o governo, mesmo declarando que fez todas as resoluções, não
cumpriu todas as reivindicações.
“A gente
não encontra nenhuma legalidade nos processos, mas o governo ainda se encontra
com o orgulho ferido por causa do movimento paredista”, ressaltou Pedro
Queiroz. Ele afirmou que está desacreditado e transtornado.
“Ele [Cid
Gomes] quer reprimir a categoria. Prometeu a melhor segurança do mundo… e deixa
a gente transtornado. É uma pessoa intransigente”. Ainda segundo Queiroz, há
advogados se reunindo para tentar reverter a situação. “Mas o governador passou
a ter poder absoluto. Os outros poderes chegam até a temer ir contra as
decisões dele. Não consigo entender como pode um país republicano e democrático
deixar um chefe conseguir fazer tais atitudes e nenhum outro poder agir
contra”.
Dentre as
reivindicações, permanecem a implantação de um auxílio alimentação, no valor de
R$ 220 por mês; a promoção de servidores; escala de serviço de 40 horas
semanais e reajustes salariais de 2013 e 2014, além da elaboração de um Código
de Ética.
Fonte:
Tribuna do Ceará (Jangadeiro).
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