Foto: ANPR/DN |
Rio de Janeiro Uma importante inovação permitirá o diagnóstico simultâneo da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. A informação foi anunciada pelo Ministro da Saúde, Marcelo Castro, em visita ao campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na manhã deste sábado.
De acordo com o Instituto, a novidade vai garantir maior agilidade para o diagnóstico realizado na rede de laboratórios do Ministério da Saúde, além de reduzir os custos e permitir a substituição de insumos estrangeiros por um produto nacional.
Agora, para o diagnóstico simultâneo, o Kit NAT Discriminatório para dengue, zika e chikungunya permitirá realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus e, além de evitar a necessidade de testes separados, o Kit NAT também oferece uma combinação pronta de reagentes que vão acelerar a análise das amostras e a liberação dos resultados.
O diagnóstico do zika vírus, atualmente, é feito por técnicas moleculares, com uso da técnica de RT-PCR em Tempo Real, que identifica a presença do material genético do vírus na amostra. Para isso, são usados reagentes importados e, para descartar a presença dos vírus dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente. A inovação é resultado do trabalho conjunto do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com apoio do Instituto Carlos Chagas, do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães e do Isntituto de Tecnologia em Imunobiológicos.
Alerta dos EUA
O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomendou que grávidas adiem viagens para 14 locais afetados pelo zika vírus, inclusive o Brasil.
Em um comunicado à imprensa, seguido por entrevista coletiva na noite de sexta (15), diretores do órgão alertaram que mulheres em qualquer estágio de gravidez "devem considerar adiar suas viagens" e que, aquelas que não podem desmarcar a vinda, devem "conversar com seus médicos e seguir estritamente as medidas de prevenção para evitar serem picadas pelo mosquito" Aedes aegypti.
As recomendações também se estendem a mulheres em idade reprodutiva, especialmente aquelas que planejam engravidar em breve, de acordo com Lyle Petersen, diretor da Divisão de Doenças Infecciosas do CDC.
Cynthia Moore, diretora da Divisão de Defeitos de Nascença e Deficiências de Desenvolvimento do CDC, afirmou que, embora a maioria dos casos de microcefalia no Brasil tenham sido registrados em filhos de mães expostas ao zika no primeiro trimestre da gravidez, ainda não se sabe se existe um período da gestação mais vulnerável. Ela informou que os estudos sobre o assunto ainda estão em andamento.
A conexão entre o zika vírus e a microcefalia tem "fortes evidências", segundo os médicos, especialmente após as análises de dois fetos e dois bebês mortos logo após o nascimento. Segundo Petersen, nos quatro casos, registrados no Brasil e avaliados nos EUA, as amostras apontaram a presença do vírus nas placentas e no tecido cerebral das crianças.
Petersen afirmou que o Brasil não é especialmente mais perigoso, apesar da grande incidência de casos de microcefalia, e que as precauções devem ser igualmente observadas nos 14 locais destacados como regiões de risco: Brasil, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname, Venezuela e Puerto Rico.
Casos de dengue
O número de casos notificados de dengue no Brasil chegou a 1,6 milhão em todo o ano de 2015, período em que o País registrou uma das piores epidemias da doença. Este é o maior número de casos de dengue já registrado em um só ano desde o início da série histórica, em 1990.
Os dados, que fazem parte do balanço mais atualizado sobre a dengue foram divulgados na sexta-feira (15) pelo Ministério da Saúde.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/teste-diagnosticara-zika-dengue-e-chikungunya-1.1474771
Fonte: Diário do Nordeste
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