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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CEARÁ - 51% DAS AGÊNCIAS BANCÁRIAS FICARAM FECHADAS NESTA TERÇA

Foto: Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo
Das 527 agências bancárias do Ceará, 272 ficaram fechadas nesta terça.
Bancários de todo o país reivindicam reajuste salarial de 12,5%.
No primeiro dia de paralisação nacional dos bancários, 272 agências ficam fechadas no Ceará, de acordo com o Sindicato dos Bancários. Em todo o estado são 527 agências de bancos públicos e privados e o índice de paralisação por causa da greve iniciada nesta terça-feira (30) chegou a 51,6%. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicados de todos os estados  e do Distrito Federal confirmaram adesão à greve.

Na última rodada de negociações, ocorrida no sábado (27), os banqueiros ofereceram 7,35% de reajuste salarial, enquanto a categoria reivindica 12,5%. “Nosso objetivo é que seja forte e rápida para minimizar os danos para a população”, disse o diretor executivo do sindicato, Clércio Morse, que espera dar celeridade às negociações com o movimento grevista. “Essa é uma greve que foi avisada há muito tempo. Sábado teve uma nova rodada de negociação e as propostas melhoraram, mas ainda estão aquém do que estamos pedindo”, disse Morse.
O que para e o que funciona
Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, informou que a greve será iniciada apenas em agências bancárias. Caixas eletrônicos, serviços de teleatendimento e centros administrativos continuam funcionando. Porém, segundo Cordeiro, existe a possibilidade de estender a greve a outros setores se as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) demorarem.
Reivindicações dos bancários
Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale refeição, auxílio creche, gratificação de caixa, entre outros.
Além do aumento de salário e benefícios, os bancários também pedem melhores condições de trabalho com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas.
No sábado (27), o Comando Nacional dos Bancários confirmou o indicativo de greve mesmo após uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As instituições financeiras elevaram o reajuste de 7% a 7,35% para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5% para 8%. No entanto, os novos índices foram considerados insuficientes pelos bancários em reunião realizada em São Paulo.
Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

Fonte: G1 CE

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