Foto: Facebook Radio Jornal de Canindé |
A demora fez com que Francisca Jaíla Ferreira, tia da criança, mesmo barrada na entrada da unidade hospitalar, procurasse outras formas de obter informações, e através de funcionários, conseguiu entrar no hospital, quando soube através de uma enfermeira que uma criança havia morrido durante um parto complicado. Ainda esperançosa, a tia da criança buscou informações sobre o acontecido, mas infelizmente, a notícia que recebeu não era bem a que a mesma esperava.
Segundo Jaíla, sua cunhada entrou em trabalho de parto normal, mas algo inesperado e até o momento, não explicado, aconteceu, e a criança teve que ter a cabeça separada do corpo. Em seguida, a mãe passou por uma cirurgia para a retirada do corpo do bebê. Após o ocorrido, a gestante continuou internada sob observação na unidade hospitalar. Os familiares da vítima contaram ainda que o momento mais doloroso para a família foi quando tiveram contato com o corpo do recém-nascido, que se encontrava dentro de uma caixa.
Francisca Jaíla revelou ainda que, em nenhum momento, a família foi informada sobre o procedimento complicado do parto e ninguém assinou nenhum documento autorizando o ato.
O corpo da criança foi liberado nesta segunda-feira (23), mas a família quer a realização de um exame para confirmar o motivo da morte, tendo em vista que, após o acontecimento, o corpo não foi encaminhado ao Núcleo de Perícia Forense.
Em entrevista coletiva a imprensa local, o diretor clínico do Hospital, Dr. Martinho Jansweid de Carvalho e a superintendente daquela instituição de saúde, Elaine Pacifico, informaram que o procedimento adotado pelo médico plantonista foi dentro dos parâmetros da obstetrícia e o fato do recém-nascido ter sido degolado foi necessário para a realização da cirurgia cesariana e salvar a mãe.
Questionado sobre não ter sido feito antes a cirurgia, o médico informou que a paciente apresentou uma ultrassonografia, na qual, informava que a criança estava pesando pouco mais de 3 quilos, o que daria para nascer em parto normal, mas na hora do parto, a criança estava pesando mais de 5 quilos.
O fato da degola foi realizado, após ter sido constatado o óbito do recém nascido por anoxia, ou seja, a falta de oxigenação no cérebro, devido o mesmo ter ficado preso na vagina da mãe. O Hospital informou ainda que está disponível para qualquer esclarecimento e reitera que não houve qualquer falha ou erro médico no procedimento.
Fonte: Rádio Jornal de Canindé (Facebook), via Roberto Lira Notícias
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