Foto: João Paulo Silva/DN |
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canindé, José Maria Coelho e Antônia Ivoneide, do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra (MST), a reivindicação é pelo cumprimento de pauta assinada pelos manifestantes e enviada ao governador Cid Gomes, cobrando serviços para compensar a perda da safra neste ano.
"O maior problema é a falta de água. Queremos com urgência a perfuração e instalação de poços profundos, porque já temos 150 prontos, faltando apenas o governo do Estado liberar os projetos de convivência com o semiárido, a construção de açudes e a segurança do Garantia Safra'', disse Antônia Ivoneide.
Os manifestantes também saíram em passeata pelas principais ruas da cidade conduzindo bandeiras do MST e usando palavras de ordem e cobrando dos governos federal e estadual soluções para a pauta reivindicada. Eles ameaçaram permanecer no local até que fossem recebidos por representantes do governo do Estado. Uma fila de carros se formou nos dois lados da rodovia. A Polícia Rodoviária Federal permaneceu no local para controlar o trânsito, mas a manifestação foi pacífica.
"Queremos uma conversa amigável, mas séria com as autoridades", disse Antônia. "A situação do sertanejo é muito dolorosa e, por isso, estamos nessa luta na defesa de uma melhor condição de vida para essa gente".
Negociações
José Maria afirmou que é necessária uma "conversa definitiva" com os representantes dos governos federal, estadual e municipal. "Estamos num movimento pacífico, queremos apenas que eles nos recebam e resolvam de vez o problema e nada mais".
Durante a manifestação, só passaram ambulâncias e carros com pacientes em estado de urgência. Os ônibus intermunicipais tiveram de fazer o sistema de rodízio.
Eles estiveram reunidos com o prefeito de Canindé, Celso Crisóstomo, que serviu de porta voz entre os trabalhadores e o governo do Estado. Um documento será elaborado para ser reenviado às autoridades.
Antônio Carlos Alves
Colaborador
Fonte: Diário do Nordeste
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