Foto: Priscila Alves/G1 RJ |
Cuidadora da idosa, acusada de maus-tratos, está foragida.
Morreu na tarde desta sexta-feira (12) a idosa que teria sido queimada com água quente por uma cuidadora em Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro. Maria Zenir Rodrigues da Silva, de 86 anos, havia sido internada em estado grave no Hospital Ferreira Machado (HFM) com queimaduras de segundo grau no rosto, pescoço e tórax. O caso aconteceu na localidade de Santa Cruz, em Campos, no dia 25 de junho.
A idosa já tinha sofrido um AVC, era cadeirante e não conseguia se comunicar com clareza. A principal suspeita, que está foragida, é uma mulher que trabalhava há seis meses como cuidadora na casa da vítima.
“Minha tia chegou em casa e encontrou minha avó chorando. Ela contou que a cuidadora a havia machucado. Minha tia falou com a cuidadora e ela disse que esqueceu minha avó no banho quente, mas depois contou outra história pro meu tio. Meu tio, irritado, expulsou a cuidadora de casa e só quando levamos minha avó ao médico que percebemos a gravidade do caso. Um médico que a atendeu nos disse que a água quente atingiu os tímpanos e também cegou um olho da minha avó”, contou Fabiano Silva, neto da vítima.
A polícia, então, intimou a suspeita Kati Giane Rodrigues Simão, de 40 anos, a depor sobre o caso, mas ela fugiu após o crime. Um mandado de prisão temporária contra Kati Giane foi expedido desde o dia 29 de junho. Ela é considerada foragida.
“O inquérito policial está concluído. A informação que a polícia tem é que a suspeita saiu da cidade no dia seguinte ao crime. Agora, a polícia investiga para onde ela foi. Sabemos que antes do crime ela já morou em São Paulo, no Rio Grande do Sul e até no Nordeste”, informou o delegado Paulo Pires, delegado adjunto da 134ª Delegacia de Campos.
Cuidadora já tinha histórico de violência
Segundo Paulo Pires, as investigações apontaram que a cuidadora já tem um histórico violento em casas de outras pessoas onde trabalhou. O delegado afirmou também que nesses casos a falta de uma denúncia formal prejudica os trabalhos da polícia.
“Já ouvimos várias pessoas que tiveram contato com a Kati Giane e, pelos relatos de gente que já trabalhou com ela, pudemos confirmar a personalidade violenta da suspeita. Temos um relato onde ela já teria ameaçado colocar veneno na comida de uma pessoa para quem ela já trabalhou e teve outro caso de suspeita de envenenamento também”, comentou o delegado adjunto.
Após a liberação do corpo, o velório da idosa será na Capela São Pedro, no Cemitério do Caju, em Campos. O enterro vai ser neste sábado (13) também no Cemitério do Caju, mas a hora ainda não foi definida.
Fonte: G1 RJ
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