Foto: G1 RJ |
Direção de hospital em Belford Roxo foi afastada e sindicância será aberta.
Familiares
de Laudelina dos Santos, de 83 anos, cujo corpo desapareceu do Hospital
Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos, em Belford
Roxo, na Baixada Fluminense, esperam ir ao Cemitério de Inhaúma, em Del
Castilho, nesta quinta-feira (16), para confirmar se o corpo da idosa foi
enterrado no lugar outra mulher, Lucinéia Caetano.
“Estou na
porta do hospital, esperando meus parentes e vamos agora para o Cemitério de
Inhaúma, junto com policiais, com a autorização dos outros familiares para ver
se o corpo é dela, porque a gente não sabe se é ou não. Queremos saber quem são
as pessoas que autorizaram o enterro e se eles viram o corpo”, declarou Miriam
Gomes da Rocha, sobrinha de Laudelina, por volta de 8h desta quinta.
Miriam,
acompanhada de Helby Andrade, filha de Laudelina, estiveram, por volta de 11h,
na 54º DP (Belford Roxo), na expectativa de conseguir a autorização para a
exumação do corpo de Lucinéia para a troca, e posterior velório de Laudelina.
Contudo, por volta de 11h30, a autorização ainda não havia sido entregue aos
familiares da idosa.
Corpo
desaparecido
Laudelina dos Santos faleceu por volta de 6h desta quarta-feira (15), de complicações cardíacas. Contudo, quando a família de Laudelina dos Santos foi buscar o corpo na unidade para encaminhar para o velório, ele havia sumido. O caso foi registrado na 54ª DP (Belford Roxo).
Laudelina dos Santos faleceu por volta de 6h desta quarta-feira (15), de complicações cardíacas. Contudo, quando a família de Laudelina dos Santos foi buscar o corpo na unidade para encaminhar para o velório, ele havia sumido. O caso foi registrado na 54ª DP (Belford Roxo).
“Ela
começou a passar mal e meu irmão mais velho e eu trouxemos ela para o hospital.
Ela teve um infarto, fomos ao cartório para resolver o sepultamento, depois de
tudo resolvido, vim com meu irmão para reconhecer o corpo e ele não estava
aqui. Fomos ao IML e ninguém levou para lá”, descreveu Miriam.
Ainda
segundo a sobrinha de Laudelina, eles foram informados no hospital que o corpo
poderia ter sido trocado pelo de outra pessoa.
“Eles não
têm informação, até o momento, só hipótese. Disseram isso porque a entrada no
papel consta o mesmo horário, mesmo hospital, mas a gente não sabe se é ou não,
porque não retiramos nada. A gente não vê familiares acompanhando”, completou.
Ao Bom Dia
Rio, a filha da vítima, Helby Andrade, desabafou. "Não entra na minha
cabeça. Por que aquele caixão não foi aberto? Por que ninguém velou aquele
corpo? Por que ninguém viu que aquele corpo não era da família? Esse é o meu
questionamento".
Investigação
Segundo o delegado titular da 54º DP, Felipe Lobato Curi, que investiga o caso, a polícia forneceu à procuradoria, na manhã desta quinta-feira, toda a documentação de Laudelina dos Santos, para que o juiz dê a autorização da exumação do corpo de Lucinéia Caetano e a troca seja efetuada. De acordo com o delegado, a exumação deve acontecer nesta quinta ou sexta-feira (17).
Segundo o delegado titular da 54º DP, Felipe Lobato Curi, que investiga o caso, a polícia forneceu à procuradoria, na manhã desta quinta-feira, toda a documentação de Laudelina dos Santos, para que o juiz dê a autorização da exumação do corpo de Lucinéia Caetano e a troca seja efetuada. De acordo com o delegado, a exumação deve acontecer nesta quinta ou sexta-feira (17).
"Acredito
que a autorização seja dada hoje (quinta) ainda, até o final do dia. Ainda não
ouvimos os familiares da Lucinéia, mas já temos a informação que o familiar que
reclamou a ausência dela não quis fazer o reconhecimento do corpo e o enterro
foi em caixão fechado. O hospital está colaborando e vamos ouvir este familiar
para saber o motivo disso", declarou Felipe Curi.
Ainda de
acordo com o delegado, Lucinéia Caetano faleceu no dia 11 de maio, contudo,
somente no dia 15 foi informado o seu desaparecimento. "Enquanto os
familiares de Laudelina foram ao cartório para dar entrada na certidão de óbito
da Laudelina , os familiares da Lucinéia chegaram ao hospital reclamando a
ausência dela", contou o delegado.
Lobato
Curi informou também que um inquérito foi instaurado, contudo, em princípio não
há responsabilidade criminal. "Foi um erro do hospital, eles não podem
liberar o corpo sem o reconhecimento. Mas o crime de subtração de cadáver é
doloso e entendemos que neste caso não houve dolo. Foi um erro, o hospital
reconheceu o erro e todo o apoio aos familiares está sendo dado para que seja
corrigido este erro. Muito provavelmente o processo vai correr na justiça
civil", acrescentou Curi.
Pedido e
exumação
Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (15), a Prefeitura de Belford Roxo, através da Secretaria Municipal de Saúde, determinou o afastamento da direção do hospital municipal Jorge Júlio Costa Santos, e a abertura de uma sindicância para apurar os culpados, que serão punidos.
Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (15), a Prefeitura de Belford Roxo, através da Secretaria Municipal de Saúde, determinou o afastamento da direção do hospital municipal Jorge Júlio Costa Santos, e a abertura de uma sindicância para apurar os culpados, que serão punidos.
A
prefeitura informou ainda que o procurador-geral do município, Alexandre
Bissoli, daria entrada, na manhã desta quinta-feira, no pedido de exumação para
confirmar a troca e liberar o corpo para a família realizar o enterro.
Fonte:
G1 RJ
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