Foto Ilustrativa. |
Solo
rachado, morte de animais e falta de comida são algumas das consequências da
seca no Ceará. Para minimizar os efeitos da falta de chuva, a Petrobras
anunciou que vai investir R$ 29 milhões nos próximos 12 meses para a
construção de 2.916 cisternas, barreiros e barragens de captação e
armazenamento de água no estado.
A ação faz
parte do Programa Uma Terra, Duas Águas (P1+2) e deve beneficiar não só o
Ceará, mas toda a região do semiárido brasileiro com 20 mil cisternas,
incluindo estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Piauí e Paraíba, além do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Ao todo, o
investimento será de R$ 200 milhões para ajudar cerca de 100 mil pessoas de 210
municípios (60% da área de influência da companhia).
Benefício
para o Ceará
Serão
construídas 1.457 cisternas calçadão, 942 cisternas de enxurrada, 39 barreiro
trincheira e 478 barragens subterrâneas. “A ação será bastante eficaz. Se
todas as famílias tivessem cisternas em casa, pode ter certeza de que elas
estariam cheias de água, mesmo com as chuvas reduzidas”, afirma a coordenadora
de ações da ASA para o Ceará, Cristina Nascimento.
Trinta
municípios cearenses serão favorecidos: Aracoiaba, Canindé, Ocara, Ibiapina, Guaraciaba do Norte, Ubajara,
Pedra Branca, Piquet Carneiro, Mombaça, Quixeramobim, Quixadá, Senador Pompeu,
Tabuleiro do Norte, Palhano, Aracati, Tauá, Catunda, Ararendá, Sobral, Massapê,
Alcântaras, Itapipoca, Apuiarés, Miraíma, Icó, Saboeiro, Cariús, Salitre,
Araripe e Potengi.
Capacitação
Para a
execução do projeto serão capacitados 1.300 pedreiros em técnicas de construção
destinadas à captação de água de chuva. “Na verba da Petrobras, há também
espaço para capacitação de pedreiros. Além da construção das cisternas, o
projeto ainda é uma forma de geração de renda”, explica a coordenadora.
Também
está prevista a construção de locais para armazenamento de sementes e viveiros
de mudas. Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla cujo objetivo é
apoiar a articulação, o fortalecimento e a emancipação da sociedade civil por
meio da capacitação para o manejo sustentável da terra e das águas.
Escolha
das famílias
A
Petrobras informou que, na escolha das famílias que receberão os sistemas, será
dada prioridade àquelas que têm renda per capita familiar de até meio salário
mínimo, localizadas na zona rural, com crianças de até seis anos ou com
crianças e adolescentes matriculados e frequentando a escola.
Também
serão consideradas famílias que tenham adultos com idade igual ou superior a 65
anos, deficientes físicos ou mentais e que tenham mulheres como chefes de
família. Entre as condições técnicas, serão analisados aspectos relacionados à
área disponível, características geológicas e de solos.
Objetivo
Os 20 mil
sistemas para o Brasil serão destinados à captação da água da chuva, que
poderá ser utilizada na produção de alimentos e na criação de animais para o
consumo de subsistência, além de trocas solidárias e comercialização em pequena
escala.
“A
previsão é que em junho o projeto inicie. Afinal, é de extrema importância que
tudo seja feito em tempo recorde, porque muitas famílias precisam disso. A
nossa meta é criar estruturas para armazenamento de água e gerar segurança
alimentar para as famílias do semiárido”, finaliza Nascimento.
Fonte:
Tribuna do Ceará (Jangadeiro).
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