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| Foto: Kiko Silva/DN. |
O ex-ministro Ciro Gomes: "Sou um sonhador que resolveu realizar o sonho".
A inteligência de Ciro Ferreira Gomes é admirada até pelos adversários políticos. Contudo, na base deste pensamento ágil, a razão se combina à paixão - pela política, pela cultura e, sobretudo pelo Nordeste.
Aos 53 anos, Ciro acumula uma longa e rica trajetória no campo político. "Estou até escrevendo um livro de memórias", revela o homem que ingressou cedo no campo da política. Aos 26 anos, se elegeu deputado estadual, chegou a prefeito de Fortaleza seis anos mais tarde e ao cargo de governador com apenas 34 anos.
Aos 53 anos, Ciro acumula uma longa e rica trajetória no campo político. "Estou até escrevendo um livro de memórias", revela o homem que ingressou cedo no campo da política. Aos 26 anos, se elegeu deputado estadual, chegou a prefeito de Fortaleza seis anos mais tarde e ao cargo de governador com apenas 34 anos.
Ciro Gomes tornou-se uma das figuras centrais do cenário político brasileiro. Em um momento crítico da história recente do País, foi convidado pelo então presidente Itamar Franco para assumir o Ministério da Fazenda. A atuação marcante no cargo o motivou a concorrer à presidência da República, por duas vezes. No primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi chamado a integrar a equipe ministerial, à frente do Ministério da Integração Nacional.
Política
Ciro nasceu em Pindamonhangaba, São Paulo. Nos anos 40, a capital paulista foi o destino provisório de José Euclides Ferreira Gomes Júnior, um jovem intelectual de Sobral, casado com a professora Maria José. "A história de meu pai é de mais um cearense que saiu de Sobral fugindo da seca", conta Ciro.
Desse exílio, veio o desejo de ajudar a virar de uma vez por todas essa página da história do Nordeste. O pai, aliás, é a grande inspiração política de Ciro Gomes. José Euclides escapou da seca para vencer na vida no Rio de Janeiro, onde, com esforço concluiu o curso de Direito, tornando-se depois professor (curso e carreira que o filho mais velho depois abraçaria). Ciro espera voltar ao magistério universitário.
O pai voltou para o Sobral, onde chegou a ser prefeito. Mas antes, José Euclides fez uma parada em São Paulo, cidade que lhe presenteou com um grande e eterno amor. A jovem professora Maria José, mãe de Ciro Gomes, que trocou o frio paulista pelo semiárido nordestino. "Foi paixão à primeira vista", conta o filho, com carinho. Paixão que se transformaria em amor e numa família de cinco filhos, sendo Ciro, o mais velho.
Aos quatro anos, Ciro Gomes chega a Sobral com a família. Ele e os irmãos cresceram num lar onde a educação era uma das principais heranças que os pais podiam deixar aos filhos. E foi assim com os Ferreira Gomes, que deixaram para trás o fantasma da seca e ajudaram a escrever um novo capítulo na história daquela cidade - e do Estado. "Sou completamente sobralense. De corpo e alma. Sobral é tudo. É minha verdadeira origem e, provavelmente, o meu destino", declara.
Vocação inevitável
O menino Ciro Gomes cresceu num ambiente marcado pela política, valorização da educação e do gosto pelas artes. Do pai, herdou a vocação e a paixão pela política, traduzida em vida pública. "Sem essa paixão você se corrompe", diz.
Ciro fala da política como uma "vocação, inevitável". "Foi algo natural. Nenhum de nós foi forçado a entrar na política", explica, lembrando da atuação dos irmãos, o governador Cid Gomes (engenheiro por formação), e o deputado estadual Ivo Gomes, advogado como Ciro. Pai de três filhos, Lívia, Ciro e Yuri, ele se orgulha de ver a mais velha seguindo a tradição cívica da família.
Da mãe, aprendeu a cultivar o amor pelas artes, em especial, a literatura, o cinema e a música. Atualmente, estuda saxofone por partitura, e acalenta o sonho de finalizar o argumento de um filme, contando a história da formação do Acre a partir da migração de nordestinos.
Após a aprovação no vestibular, troca Sobral por Fortaleza. Depois de formado, aos 21 anos, faz o caminho de volta, exercendo a advocacia em Sobral, atendendo aos mais pobres. Logo o advogado deu lugar ao político. Foi o pai quem lançou esse desafio. Ele via no filho seu sucessor natural. "Ele me dizia: tem que ser você!", relembra o ex-ministro.
Apesar da pouca idade, Ciro Gomes foi bem recebido pelos veteranos da seara política. "Sempre fui uma pessoa muito responsável", afirma ter convivido com grandes nomes do cenário político cearense, como Castelo de Castro, Manuel Castro, Mauro Benevides, Figueiredo Corrêa e conversado de igual para igual.
A segunda vez que a política atravessa a sua trajetória de vida, impondo um novo desafio, acontece no fim da década de 1980, quando era líder na Assembleia Legislativa do Ceará, ao ser lançado candidato a prefeito de Fortaleza. A vitória nessa eleição foi uma de suas maiores alegrias. Depois de ter ocupado o cargo de governador, entre 1991 e 1994, foi alçado ao cenário político nacional. Desde então, Ciro Gomes é uma das lideranças nacionais País, que se empenha em formar novas quadros de gestores públicos e se dedica em transformar o Nordeste. "Hoje vivemos um bom momento, mas a região ainda pode mudar muito mais", avalia.
Comenda
Sobre a escolha do seu nome para compor a lista de homenageados com a entrega da 42ª edição da festa do Troféu Sereia de Ouro, disse ser "uma surpresa muito agradável". Ele confessa que se emocionou ao receber a notícia. "É um gesto nobre e generoso que me deixa honrado", definiu Ciro Gomes.
Política
Ciro nasceu em Pindamonhangaba, São Paulo. Nos anos 40, a capital paulista foi o destino provisório de José Euclides Ferreira Gomes Júnior, um jovem intelectual de Sobral, casado com a professora Maria José. "A história de meu pai é de mais um cearense que saiu de Sobral fugindo da seca", conta Ciro.
Desse exílio, veio o desejo de ajudar a virar de uma vez por todas essa página da história do Nordeste. O pai, aliás, é a grande inspiração política de Ciro Gomes. José Euclides escapou da seca para vencer na vida no Rio de Janeiro, onde, com esforço concluiu o curso de Direito, tornando-se depois professor (curso e carreira que o filho mais velho depois abraçaria). Ciro espera voltar ao magistério universitário.
O pai voltou para o Sobral, onde chegou a ser prefeito. Mas antes, José Euclides fez uma parada em São Paulo, cidade que lhe presenteou com um grande e eterno amor. A jovem professora Maria José, mãe de Ciro Gomes, que trocou o frio paulista pelo semiárido nordestino. "Foi paixão à primeira vista", conta o filho, com carinho. Paixão que se transformaria em amor e numa família de cinco filhos, sendo Ciro, o mais velho.
Aos quatro anos, Ciro Gomes chega a Sobral com a família. Ele e os irmãos cresceram num lar onde a educação era uma das principais heranças que os pais podiam deixar aos filhos. E foi assim com os Ferreira Gomes, que deixaram para trás o fantasma da seca e ajudaram a escrever um novo capítulo na história daquela cidade - e do Estado. "Sou completamente sobralense. De corpo e alma. Sobral é tudo. É minha verdadeira origem e, provavelmente, o meu destino", declara.
Vocação inevitável
O menino Ciro Gomes cresceu num ambiente marcado pela política, valorização da educação e do gosto pelas artes. Do pai, herdou a vocação e a paixão pela política, traduzida em vida pública. "Sem essa paixão você se corrompe", diz.
Ciro fala da política como uma "vocação, inevitável". "Foi algo natural. Nenhum de nós foi forçado a entrar na política", explica, lembrando da atuação dos irmãos, o governador Cid Gomes (engenheiro por formação), e o deputado estadual Ivo Gomes, advogado como Ciro. Pai de três filhos, Lívia, Ciro e Yuri, ele se orgulha de ver a mais velha seguindo a tradição cívica da família.
Da mãe, aprendeu a cultivar o amor pelas artes, em especial, a literatura, o cinema e a música. Atualmente, estuda saxofone por partitura, e acalenta o sonho de finalizar o argumento de um filme, contando a história da formação do Acre a partir da migração de nordestinos.
Após a aprovação no vestibular, troca Sobral por Fortaleza. Depois de formado, aos 21 anos, faz o caminho de volta, exercendo a advocacia em Sobral, atendendo aos mais pobres. Logo o advogado deu lugar ao político. Foi o pai quem lançou esse desafio. Ele via no filho seu sucessor natural. "Ele me dizia: tem que ser você!", relembra o ex-ministro.
Apesar da pouca idade, Ciro Gomes foi bem recebido pelos veteranos da seara política. "Sempre fui uma pessoa muito responsável", afirma ter convivido com grandes nomes do cenário político cearense, como Castelo de Castro, Manuel Castro, Mauro Benevides, Figueiredo Corrêa e conversado de igual para igual.
A segunda vez que a política atravessa a sua trajetória de vida, impondo um novo desafio, acontece no fim da década de 1980, quando era líder na Assembleia Legislativa do Ceará, ao ser lançado candidato a prefeito de Fortaleza. A vitória nessa eleição foi uma de suas maiores alegrias. Depois de ter ocupado o cargo de governador, entre 1991 e 1994, foi alçado ao cenário político nacional. Desde então, Ciro Gomes é uma das lideranças nacionais País, que se empenha em formar novas quadros de gestores públicos e se dedica em transformar o Nordeste. "Hoje vivemos um bom momento, mas a região ainda pode mudar muito mais", avalia.
Comenda
Sobre a escolha do seu nome para compor a lista de homenageados com a entrega da 42ª edição da festa do Troféu Sereia de Ouro, disse ser "uma surpresa muito agradável". Ele confessa que se emocionou ao receber a notícia. "É um gesto nobre e generoso que me deixa honrado", definiu Ciro Gomes.
Fonte: Diário do Nordeste.
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