Foto: Divulgação/DN |
Os casos de febre chikungunya dobraram nas duas últimas semanas em Fortaleza, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O boletim do dia 27 de maio registrou 1.585 casos da doença e o último balanço divulgado pela Secretaria, lançado na última sexta-feira (10), já contabilizou 2.995 confirmações.
Em 2016, foram notificadas, segundo a SMS, 4.823 suspeitas da febre chikungunya, sendo 4.712 registradas na Capital e 111 em outros municípios do Estado.
Em Fortaleza, os bairros da Regional III são os mais afetados, liderando o ranking de casos confirmados, com 880 registros. Já a Regional VI é a que apresenta o melhor cenário, com 142 casos. O Montese, localizado na Regional IV, é o bairro com o maior número de incidência em Fortaleza, com um total de 173 registros confirmados da doença.
As primeiras ocorrências da febre chikungunya confirmadas em residentes do município de Fortaleza foram registradas em 2014. Na época, as investigações evidenciaram que se tratavam de casos importados, considerando que os pacientes haviam viajado para áreas com circulação do vírus CHIK. Os primeiros casos autóctones foram confirmados somente em novembro de 2015. Entre os anos de 2014 e 2016, foram notificados na Capital 5.156 suspeitas de casos da doença. Os números registrados em 2016 indicam que a Capital apresenta um cenário de transmissão autóctone sustentada. Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, Fortaleza está adotando o critério clínico epidemiológico para confirmação das suspeitas da febre chikungunya.
Óbitos investigados
De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) no último dia 3 de junho, seis óbitos, sendo de cinco homens e de uma mulher, estão em análise por suspeita de serem causados em decorrência da febre chikungunya. As mortes investigadas ocorreram em Fortaleza (3), em Crateús (1), em Quixadá (1) e São Gonçalo do Amarante (1). As vítimas tinham entre 12 e 89 anos. A Secretaria ainda não confirma a causa das mortes.
A febre chikungunya pode não apresentar as manifestações típicas da moléstia, como febre, artralgia importante e exantema. Pode coexistir também com outras doenças infecciosas e não infecciosas. Por isso, o diagnóstico diferencial deve levar em consideração os aspectos epidemiológicos, tais como o local de residência, histórico de viagens e também de exposição em áreas de surto.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/chikungunya-dobra-numero-de-confirmacoes-1.1567945
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Diário do Nordeste
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