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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

LAVRAS DA MANGABEIRA - MAIS DE 500 MORADORES INVADEM E DESTROEM ESCRITÓRIO DA CAGECE

Foto: Edileudo Lopes/DN
Mais de 500 moradores da cidade de Lavras da Mangabeira, na região Centro-Sul do Ceará, realizam na manhã desta segunda-feira (14) protesto em frente ao escritório da Cagece no centro da cidade. Revoltada, a população quebrou grades de segurança, janelas, portas e invadiu o prédio destruindo mesas, cadeiras, computadores, divisórias, central de ar-condicionado, material de escritório, telefones e outros objetos.
Duas pessoas chegaram a ser detidas por portarem bombas juninas, mas foram liberadas.
O delegado de Polícia Civil de Lavras da Mangabeira, Alexandre Saunders, confirmou a destruição total da unidade da Cagece e pessoalmente acalmou a população, com ajuda de policiais militares. A área foi isolada. “Quando cheguei ao local já estava tudo destruído”, contou. “Conversei com algumas pessoas e pedi calma”.
A delegacia de Polícia Civil de Lavras da Mangabeira vai abrir inquérito policial para apurar crime de dano ao patrimônio público.
“A unidade não dispõe de câmara de segurança”, observou o delegado.
A manifestação começou por volta das 9 horas da manhã desta segunda-feira (14). Na cidade,  clima é de revolta e de tensão em decorrência da falta de água há mais de duas semanas. “Os moradores contaram que falta água em alguns pontos há mais de um mês e que mesmo assim os boletos de cobrança chegam à casa dos consumidores, e com aumento na tarifa”, relatou o delegado municipal, Alexandre Saunders.
A adutora que abastece a cidade apresenta vazamentos e os consumidores exigem uma solução da Cagece.
A Polícia Militar pediu reforços à Companhia de Várzea Alegre e à cidade de Cedro. Por volta das 11 horas, os manifestantes deixaram o local.
Sobre a falta de água no município de Lavras da Mangabeira, a Cagece informou que o desabastecimento é ocasionado pelo rompimento frequente da adutora responsável por fazer a captação da água para distribuição no município. Neste domingo, foi detectado um novo vazamento e que os operários da empresa estão realizando o reparo, cuja conclusão estava prevista ainda para ontem.
Para solucionar o problema, a Cagece realizou com mão-de-obra própria a substituição de parte da adutora por uma mais nova. Para a substituição do trecho restante, é necessária a contratação de uma empresa para realização do serviço. Uma primeira licitação foi realizada, mas a empresa não apresentou condições para a realização da obra. Dessa forma, a Cagece vai fazer uma nova licitação para fazer a substituição da adutora antiga.
A Cagece informou que realiza manutenções preventivas com a finalidade de diminuir a incidência dos rompimentos. Sobre a manifestação de ontem, a Cagece vai registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia Civil acerca e até o fechamento desta edição, a empresa ainda estava fazendo o levantamento do prejuízo.

Fonte: Diário do Nordeste
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Fotos: Edileudo Lopes/DN

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