Foto: Jornal O Povo. |
Associações de policiais militares envolvidas na greve da categoria se reúnem na próxima segunda-feira para avaliar a possibilidade de processar o ex-governador Ciro Gomes (PSB). Trata-se de reação às críticas feitas por Ciro na última quinta-feira, quando ele chamou de “marginais fardados” os PMs e bombeiros que decidiram pela paralisação.
“Esses marginais fardados, covardes que são, usaram como escudo crianças e mulheres, e o (governador) Cid (Gomes, do PSB) tomou uma decisão que qualquer pessoa pode condenar, mas que é decisão duríssima de tomar. Ele preferiu ceder a carregar na consciência o cadáver de uma criança”. disse Ciro, que é irmão do governador, em entrevista veiculada ontem pela TV Diário.
A greve da PM e dos bombeiros foi deflagrada no fim de dezembro do ano passado e terminou no último 3 de janeiro. “Cid tinha de decidir se ia reprimir ou se ia engolir esses abusos, para não correr o risco de carregar na consciência a morte de uma criança ou mulher”, afirmou Ciro, em referência à participação de esposas e filhos de policiais na mobilização.
Ao O POVO, o presidente Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (Aspramece), Pedro Queiroz, disse que a categoria está “chocada e magoada com as agressões sem precedentes do polêmico político”. A Aspramece, a Associação de Cabos e Soldados e a Associação dos Profissionais de Segurança pretendem entrar com ação judicial de reparação de danos morais.
Queiroz acredita, contudo, que as críticas do irmão de Cid não afetarão a relação com o governo, nem devem arranhar o processo de negociação, a ser retomado nos próximos dias.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A greve da PM e dos bombeiros durou apenas cinco dias, mas provocou pânico no Ceará após boatos de arrastões e homicídios. A categoria conseguiu a anistia dos manifestantes e incorporação de gratificação.
Fonte: Jornal O Povo.
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