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terça-feira, 7 de julho de 2015

ZONA NORTE - DISPUTA POR ÁGUA EM FORQUILHA

Foto: Marcelino Júnior/DN
A situação já dura quase três meses, e o município montou uma força tarefa para minimizar o impacto da falta d'água, que atinge bairros periféricos e o próprio centro da cidade.
Percorrer grandes distâncias a pé, de bicicleta, ou em qualquer outro tipo de transporte, em busca de água potável, tem sido a rotina de muitos moradores de Forquilha, no norte do Estado. O município, com pouco mais de vinte e três mil habitantes, segundo o último levantamento do IBGE, enfrenta uma intensa falta d' água que se arrasta por quase três meses.
A crise no fornecimento tem atingido há três meses em cheio a sede do município, onde o colapso se faz presente nos bairros mais populosos. Ao longo do dia, a população do bairro Cidade de Deus divide as torneiras de dois reservatórios, com moradores de outras localidades. A água tratada é aguardada com ansiedade por quem não tem uma gota dela, em casa, para beber.
Divididos em duas filas, homens, mulheres e crianças vão enchendo todo tipo de vasilhame, na esperança de garantir mais um dia de consumo.
Além da Cidade de Deus, todos os bairros de Forquilha têm sofrido com a escassez de d'água. Entre eles Jubina, Edmundo Rodrigues, Alto Alegre, Cidade dos Anjos, e o próprio Centro da Cidade, que têm sido socorridos por carros-pipa. Diariamente, dois desses carros se revesam na distribuição de dezesseis mil litros de água, própria para consumo humano. Os dois únicos reservatórios de água potável têm capacidade para reter cerca de quarenta e cinco mil litros, cada; sendo abastecidos de duas a três vezes por dia. O que não têm sido suficiente para a demanda. Segundo o morador Inácio Agostinho, que enfrenta a longa fila do abastecimento duas vezes por semana, "o carro pipa não dá conta de atender tanta gente, sem falar na confusão que se faz, quando alguém traz muitas vasilhas para encher”, disse.
Cobrança de consumo
Se falta água nas torneiras, o mesmo não acontece em relação à cobrança pelo consumo residencial, outra grande reclamação de muitos os moradores de Forquilha.
Cagece
De acordo com Vitor Félix, gestor de núcleo da Cagece em Forquilha, a situação se agravou devido ao fechamento das comportas do açude Araras, em abril deste ano. O açude, com área de 3.520 km² pereniza e controla as cheias do Acaraú, principal Rio da região, que banha dezoito municípios. Com o fechamento, a cidade teria perdido cerca de 60% da vazão de água bruta. Daí, o colapso no abastecimento.
Quanto à cobrança de consumo, Vítor disse que as pessoas que se sintam prejudicadas, devem entrar em contato com a empresa, por telefone, ou se dirigir ao escritório local. Cada caso será analisado individualmente.

Fonte: Diário do Nordeste

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