Foto: Divulgação |
Denúncias de populares levaram a Polícia Civil da cidade de Farias Brito, a 475 quilômetros de Fortaleza, a prender um idoso de 70 anos que mantinha um verdadeiro arsenal composto por dez armas e munições intactas em um sítio, naquela cidade.
De acordo com a Polícia, o homem alegou manter o armamento para 'segurança pessoal', argumento contestado pelos policias, dada a forma como as armas foram encontradas.
O fazendeiro Francisco Ferreira de Alcântara, de 70 anos, foi denunciado por populares, informando que mantinha armas guardadas no Sítio Várzea, zona rural de Farias Brito.
A delegada titular da Delegacia Municipal, Fernanda Gomes de Matos, relatou que, a princípio, não acreditou na denúncia, pensando ser exagero dos denunciantes.
"Disseram que ele tinha um vasto material no sítio, mas não esperava que fosse realmente encontrar todas essas armas lá", afirmou Fernanda Matos.
Mandado de busca
A Polícia passou a investigar a denúncia de que no local eram guardadas armas de fogo e solicitou ao Poder Judiciário um mandado de busca e apreensão que, ao ser expedido, foi cumprido, na tarde de ontem.
O homem estava em casa quando foi abordado pela equipe da Polícia Civil da cidade, composta pela delegada e os inspetores Amabel Vládia Sales, Cícera Granjeiro e Amauri Júnior Rodrigues. No local, a Polícia apreendeu quatro espingardas, sendo duas calibre 22 e duas calibre 44 modelo Winchester, além de cinco pistolas com numeração raspada e um revólver calibre 38 modelo Taurus.
Foram ainda apreendidas 47 munições de calibre 44, sendo uma deflagrada; 17 munições intactas de calibre 12; e 12 munições de calibre 38, sendo apenas uma deflagrada. O idoso acabou preso e passou mal, sendo levado ao hospital.
A delegada de Farias Brito disse que as investigações agora serão para descobrir a real finalidade do armamento.
"O homem alega que as armas eram para proteção pessoal, pois ele era perseguido por pessoas que, segundo ele, tinham inveja. Não sabemos direito qual a intenção dele em ter tanta arma, pois não aparenta ser apenas para defesa pessoal", disse.
Uma das linhas de investigação aponta para a possibilidade de o homem alugar o material, devido o estado de conservação do equipamento.
"Vamos investigar se havia algum tipo de comércio paralelo pois estavam todas bem cuidadas, no ponto de serem usadas. Geralmente, quando uma arma não é usada com frequência, ela enferruja", pontuou a delegada.
Fonte: Diário do Nordeste
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