Foto: Rui Nóbrega/DN |
De acordo com informações do titular do 6º DP (Messejana), Osmar Berto, existiam placas na frente dos imóveis com o número de Humberto e ele ligava para as famílias afirmando ser o responsável pelo imóvel. “Estamos investigando até que ponto ele possui envolvimento com as construtoras. O preço é muito convidativo, ele leva a pessoa para conhecer a obra e faz todo um trabalho para ganhar a confiança da vítima. Depois ele começa a forçar a compra da casa afirmando que a pessoa tem que fazer um depósito ou a casa será vendida para outra pessoa, mas após o pagamento do sinal ele some do mapa”, explica o delegado titular do 6º DP.
O Conselho Regional de Corretor de Imóveis do Ceará (Creci-CE) informou as vítimas que o homem não possui registro como corretor de imóveis e identificou várias famílias que foram lesadas no golpe. As residências que Humberto “vendia” são localizadas na Vila Betânia, Precabura e Itaitinga. Somente as casas da Vila Betânia custam em torno de R$ 300 mil e as da Vila Betânia um valor de R$ 130 mil. As construtoras foram procuradas pelas vítimas e afirmaram que o estelionatário não era contratado, apenas prestaria serviços de freelancer para as empresas.
Humberto ligou para umas das vítimas e marcou um encontro no quilômetro 13 da BR-116. A Polícia montou uma campana no local e, quando a vitima foi entregar o dinheiro, os policiais deram voz de prisão. O estelionatário tentou fugir e teria tentado atropelar um inspetor da Polícia Civil, mas acabou detido.
Ainda de acordo com o delegado Osmar Berto, o suspeito foi autuado em flagrante por estelionato, exercício ilegal da profissão e resistência a prisão.
Vítimas explicam como ocorria o golpe
Quatro família foram até a delegacia e várias famílias que estavam em negociação com Humberto entraram em contato com a delegacia para denunciá-lo. A aposentada Maria Leni Crispin, 69, explicou como foi a transação. “ Ele disse que a casa era R$ 330 reais, me pediu R$ 20 mil como sinal, além de R$ 3 mil para gastos relacionados ao financiamento. No mês de janeiro transferi R$ 10 mil para a construtora, mas a empresa devolveu. Mas os R$ 23.500 que deixei com ele, não foram devolvidos.
A construtora também ressaltou que todos os documentos eram falsos e só ai nos conscientizamos que caímos no conto do vigário”, explicou. Já a empresária Marcionilia Rodrigues, 36, pagou R$ 10 mil pela casa. “Depois que paguei o sinal ele não atendia mais o telefone. Quando conseguíamos falar ele inventava até que estava na fila do banco”, finaliza a mulher.
Fonte: Diário do Nordeste
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