CAPITAL - DENTISTA PRESO POR PROVOCAR ACIDENTE

Foto: Natinho Rodrigues/DN

As marcas de sangue no chão e os pedaços de um capacete denunciavam, na manhã de ontem, a violência da colisão envolvendo um veículo Hyundai Tucson e uma motocicleta Honda CG 125, ocorrida na noite de sábado, na Praia do Futuro.
O veículo do odontólogo foi apreendido e se encontra recolhido no pátio interno do 2º DP (Meireles), onde o guiador permanece detido.
O acidente resultou na morte do condutor da moto. O motorista da SUV foi detido por policiais militares e até a manhã de ontem o permanecia recolhido na carceragem do 2º DP (Aldeota).
Conversão
De acordo com a Polícia e relatos de testemunhas, por volta das 21 horas de sábado, o odontólogo Paulo César Oliveira, 51, conduzia a Tucson pela Avenida Dioguinho, no sentido Fortaleza/Interior e, ao tentar fazer uma conversão a esquerda na Rua Coronel Francisco Montenegro em direção às barracas de praia, colidiu com o motociclista, que trafegava no mesmo sentido.
O guiador da moto, identificado como Halys Deyves da Silva, teve morte imediata.
O motorista da SUV foi detido por policiais militares e, conforme a Polícia, teria se recusado a fazer o teste de alcoolemia (bafômetro). Ele foi levado para o plantão do 2º DP. Mais tarde, ao fazer o exame na Coordenadoria de Criminalística (CC), da Perícia Forense (Pefoce) para verificar o nível de álcool no sangue, o resultado foi inconclusivo.
Paulo César Oliveira foi autuado em flagrante pela delegada Cândida Brum por homicídio com dolo eventual (quando o autor assume o risco de que o crime possa ocorrer).
Na manhã de ontem, o delegado plantonista Carlos Eduardo Pires Rocha disse não poder dar detalhes sobre o caso.
Pires não informou se a autuação ocorreu pelo fato do motorista estar embriagado, se ele trafegava em alta velocidade ou se fez uma conversão irregular, causando o acidente. A reportagem tentou falar com parentes do odontólogo ou o representante legal, mas ninguém foi localizado para fornecer a versão dele para o fato.
Na manhã de ontem, no pátio do 2º DP, a reportagem teve acesso a SUV Tucson. A porta do lado do motorista estava amassada. Marcas de sangue podiam ser vistas na lataria do veículo. Já no local do acidente, muito sangue na pista e o que sobrou do capacete de Halys Dayves.

Fonte: Diário do Nordeste