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Mar de sangue ou fenômeno natural? Uma coloração avermelhada forte do mar chamou a atenção da população na praia da Barra do Ceará, em Fortaleza, desde o último dia 30 de outubro. Nas redes sociais, o “mar vermelho” teve grande repercussão e alguns até chegaram a associá-lo ao Apocalipse, um dos livros da Bíblia Sagrada.
Conhecido como “maré vermelha”, esse fenômeno no litoral cearense é natural e ocorre devido a uma excessiva proliferação de microalgas que liberam toxinas. De acordo com Pedro Carneiro, biólogo do Laboratório de Macro Algas do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), casos como esse acontecem em várias partes do mundo, inclusive em Fortaleza. “De vez em quando acontece na Praia do Futuro, mas com uma coloração marrom, por isso não causa estranheza. A diferença é o tom avermelhado”.
O biólogo afirma ainda que os impactos ambientais causados pela grande entrada de nutrientes em uma região dependem da espécie do fenômeno. “Esse não é prejudicial, em outras partes do mundo pode matar peixes. Até hoje no Ceará não aconteceu nenhum problema assim”.
Outra possível influência para a concentração de nutrientes e alteração da cor do mar é a ocorrência de chuvas na região da Barra do Ceará. “Os nutrientes (como nitrogênio e fosfato) podem ter sido trazidos pela água da chuva, é uma possibilidade”, pontua Pedro Carneiro.
O fim do atual fenômeno está próximo. Segundo o biólogo, esse tipo de acontecimento costuma ser rápido e a coloração vai desaparecer à medida em que os organismos marinhos consumirem os nutrientes em excesso.
O Tribuna do Ceará não conseguiu contato com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que realiza o monitoramento semanal da zona litorânea do Estado.
Fonte: Tribuna do Ceará (Jangadeiro)
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Fotos: Divulgação/Tribuna do Ceará
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