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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

MARCO - MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA PREFEITO ELEITO POR COMPRA DE VOTOS.

Foto Ilustrativa.
Em depoimento, testemunhas dizem ter recebido dinheiro por votos.
Chefe de gabinete do prefeito diz que provas foram 'forjadas'.


O Ministério Público Estadual do Ceará encaminhou à Justiça Eleitoral denúncia de compra de votos na cidade de Marco, no interior do Ceará. Segundo a denúncia, o prefeito eleito no domingo (7), José Grijalma Rocha, mais conhecido como Paredão, ofereceu dinheiro a eleitores da cidade em troca de voto. Chefe de gabinete nega acusações.
O G1 entrou em contato com o prefeito reeleito, mas não obteve resposta. Nesta quinta-feira (11), ele não se encontrava na prefeitura da cidade ou na residência. O chefe de gabinete de Marco, Francisco das Chagas, conhecido como Tino, nega que tenha havido a compra de voto.
egundo Francisco das Chagas, a denúncia do Ministério Público é baseada em gravações de áudio que captam a oferta de dinheiro por voto. O chefe de gabinete diz ainda que as gravações são forjadas por eleitores e simpatizantes do candidato opositor, derrotados nas urnas.

Segundo a ação do Ministério Público, à qual o G1 teve acesso, foram ouvidas testemunhas que afirmaram ter recebido dinheiro em troca do voto. Uma das testemunhas diz que, além de dinheiro, recebeu a promessa de tratamento de saúde.
Outra testemunha, em depoimento à Procuradoria Geral da Justiça, afirma que sempre recebe "ajuda" de R$ 50 do prefeito reeleito.
Segundo a promotora de Justiça Eleitoral Maria Alice Diógenes Pinheiro, além da captação ilícita de sufrágio (compra de voto, como é conhecido popularmente esse tipo de crime), houve abuso de poder econômico. Segundo a promotora, os gastos realizados pela campanha do então candidato Paredão compromete a "lisura e equilíbrio" da campanha.
A denúncia foi apresentada ao juiz de direito da 88ª zona eleitoral do Ceará. A promotora pede na ação uma investigação judicial eleitoral que possa comprovar os crimes de compra de voto e abuso de poder econômico. Maria Alice Diógenes pede também a inelegibilidade do prefeito Paredão nas eleições nas eleições 2012 e nos oito anos seguintes.

Fonte: G1 CE.

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