Foto: O Povo. |
É fato que a região Nordeste vem se destacando no desenvolvimento econômico. De acordo com informações do Banco Central, enquanto a economia brasileira cresceu 1,1% no primeiro trimestre do ano e 0,7% no segundo trimestre, no Nordeste, a economia manteve no segundo trimestre o mesmo ritmo do começo do ano, expandindo 1,6%.
A liderança da região também se confirma no mercado de motéis, conforme informações de especialistas no setor. Fortaleza tem um faturamento de R$ 100 milhões, informação repassada com exclusividade para O POVO pela empresa de consultoria Zeax Expertise em Motéis.
O valor representa 2,5% em relação ao total do faturamento do Brasil (R$ 4 bilhões anuais). O percentual é expressivo se levarmos em conta que o Produto Interno Bruto (PIB) cearense representa em média 2% da soma das riquezas do Brasil. Quanto à frequência, 1,5 milhão de clientes são atendidos por ano na capital cearense. Outro detalhe, o mercado emprega 4 mil profissionais. Enquanto em Curitiba, outra cidade pesquisada pela consultoria, há 38 motéis e faturamento de R$ 60 milhões por ano.
Comportamento
Calor, muito calor, praticamente o ano inteiro. Entre as características da capital praiana, o frisson por festas e bares é algo quase incontestável. A partir dessa máxima, também se pode chegar a uma breve avaliação sobre o investimento realizado na região Nordeste quanto aos motéis.
“O calor do clima, a relação entre as pessoas é mais próxima, de família. As pessoas são menos estressadas, não sofrem tanto com o trânsito e têm mais tempo para frequentar os espaços. Enquanto nas regiões sul e sudeste o foco é mais na realização profissional”, avalia o gerente executivo do Lótus Motel, Roberto Dias.
De acordo com ele, os melhores motéis que já visitou foram em Fortaleza, Teresina e Manaus. No caso do motel que ele gerencia, todo ano há um crescimento médio de 10% a 15%.
O motivo é o investimento em capacitação de profissionais e atenção com a limpeza do local, que tem uma média de fluxo diário de 60 a 100 casais. Para os 36 funcionários da empresa, há um investimento de 10% do faturamento total.
“O mercado de motel é bem rentável, mas precisa de muita mão de obra, de serviço. O conceito de limpeza já está dentro da cabeça da pessoa (funcionário), e aqui vamos treinar por meio de palestras e cursos”, explica Dias. Baixa estação? Não existe. As ações como datas comemorativas preenchem o calendário, diz o gerente.
Quando questionado sobre a tendência do mercado de motéis estar nas mãos de poucos empresários, ele afirma que é sadio e “cresce a qualidade desses ambientes na mão de poucos”.
Já o gerente do motel Chalex Country, Miguel Pontes, ressalta que em um ano a frequência do motel aumentou cerca de 30% a 40%. Na avaliação dele, as pessoas estão ganhando mais e pelo fato do Brasil “ser a bola da vez”, não só os motéis, mas os outros setores também ganham com isso.
Segundo Pontes, há “certa união” entre os motéis, troca de informações caso tenha algum movimento suspeito que comprometa a segurança dentro do ambiente. Em Fortaleza, é possível encontrar preços acessíveis de suítes por R$ 10 (hora) até quartos que custam R$ 649 (3 horas).
Fonte: Jornal O Povo.
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